Atlético chega ao gol mil e derrota o Vitória na Arena da Baixada

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Com um gol decisivo de Alan Bahia, o Atlético Paranaense derrotou o Vitória por 2 a 1, de virada, em uma noite chuvosa de domingo na Arena da Baixada, em Curitiba. Além dos três pontos que afastaram definitivamente o Furacão da zona do rebaixamento, o tento foi o de número 1000 do Furacão na história do Campeonato Brasileiro. O time é o 13.º a alcançar esta marca.

Com o estádio tomado, os atleticanos tomaram a iniciativa durante toda a partida, porém foram castigados em um descuido, quando Robert colocou o Leão baiano na frente. Ainda assim, o Rubro-Negro paranaense não desistiu, e empatou com o símbolo da garra atleticana na atualidade: Rafael Moura. Se o avante não conta com carisma e muita técnica, ele ganha a torcida com a raça e a vontade.

Na etapa final, o Furacão seguiu pressionando, e foi ajudado por Robert, expulso logo no início por uma tentativa de agressão em cima de Antônio Carlos. Com um a menos, o Vitória se resumiu a ficar na defesa, e o Atlético partiu todo para o ataque, sendo recompensado por uma jogada individual e um chute preciso de Alan Bahia. Gléguer foi na bola, mas foi enganado pelo quique e ela morreu nas redes.

Com uma "gordura" de quatro pontos para a área da degola, o Atlético está em 14.º, com 41 pontos, e está na briga por uma vaga na Copa Sul-Americana de 2009. Na próxima rodada, o Furacão vai até o Engenhão encarar o Botafogo, no próximo sábado, às 18h30. Já o Vitória segue há mais de um mês sem vencer, e tenta quebrar o jejum diante do vice-líder Grêmio, às 17h de domingo.

Camisas 9 em campo movimentam placar

Durante a semana, o presidente do Náutico Maurício Cardoso declarou que esperava uma vitória do Atlético sobre o Leão baiano, já que os clubes mantêm uma parceria e o Vitória iria "entregar" o jogo. Contudo, quando a bola rolou na Arena da Baixada, em nenhum momento os baianos aliviaram a vida do Furacão, que começou melhor a partida, pressionando os visitantes.

Em um dos primeiros lances de perigo, Netinho mandou para o gol e o goleiro Gléguer quase engoliu um "frango", prejudicado em partes pela bola molhada. Enquanto a chuva não arredava pé do estádio, a pressão atleticana também não cessava. Nos 15 minutos iniciais, foram pelo menos três boas oportunidades do Rubro-Negro paranaense largar na frente.

Aos poucos, porém, o Vitória melhorou a sua marcação, na tentativa de equilibrar as ações. Na base dos contra-ataques, o Leão assustou, explorando os cruzamentos para Robert. Com a partida ficando igual, os ânimos se exaltaram, primeiro quando a arbitragem anulou corretamente um gol de Rhodolfo (estava impedido), e depois quando Leandro Domingues acertou Zé Antônio sem bola.

O jogo prosseguiu pegado, até um descuido da defesa atleticana, bem aproveitado por Robert, aos 32 minutos. O camisa 9 do Leão chutou forte, no canto direito de Galatto. O Furacão sentiu o gol, e demorou algum tempo para se reorganizar. Para premiar a sua superioridade inicial na partida e diminuir o prejuízo, o Atlético chegou ao empate nove minutos depois, com uma cabeçada certeira de Rafael Moura.

Pelo que foi apresentado nos 45 minutos iniciais, estava claro que o presidente do Timbu havia falado bobagem durante a semana.

Com um a mais, Atlético pressiona e vira com gol mil

Precisando vencer para se afastar da zona do rebaixamento, o Furacão voltou determinado a conquistar os três pontos dentro de casa. Já o Vitória seguiu com a sua postura de contra-atacar, e assustou em uma descida de Leandro Domingues, logo no começo do segundo tempo, porém a equipe baiana sofreu um duro golpe logo aos oito minutos.

Em uma jogada sem maiores proporções, Robert tentou acertar uma cotovelada em Antônio Carlos e foi expulso. Com um a menos, o Leão de recolheu e o Atlético passou a pressionar ainda mais. Na busca pelo segundo gol, Geninho tirou Chico para a entrada de mais um atacante, Geílson. A equipe seguiu em cima, e de tanto martelar, acabou coroada com o gol, aos 22 minutos.

Alan Bahia levou pela direita e chutou forte. A bola cruzou a área e quicou em frente ao goleiro Gléguer, que aceitou o gol mil do Furacão em Brasileiros. Na seqüência da partida, o Galatto foi um mero espectador e os atleticanos ainda se deram ao luxo de perderem oportunidades de fazer o terceiro, mas a torcida já estava em festa por mais um triunfo em casa. Mais uma vitória e um empate nos três jogos finais e o Atlético estará livre da degola.