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A contabilidade é em milhões. Milhões de dólares. Na verdade o Atlético assume ser impossível mensurar o retorno da exposição mundial garantida pela contratação do ex-craque alemão Lothar Matthäus. Talvez a maior visibilidade de todos os tempos ao clube que cultua quase no mesmo altar marketing e resultados.

O impacto do acerto com o técnico ultrapassou fronteiras quase inimagináveis. Se uma intensa repercussão da informação pelos veículos alemães e europeus em geral era previsível, o que dizer do nome do clube pulverizado na imprensa da Índia, Hungria, Malásia, Polônia, Venezuela, Suécia e outra dezena de países. E em mais de uma centena de veículos, entre rádios, tevê, jornal e internet. "A projeção internacional da marca Atlético foi imensa. Já pagou tudo o que possa ser investido graças a essa mídia espontânea", afirma o especialista em marketing esportivo Marcelo Budolla. "Não dá para especificar um valor. Mas imagine o cálculo do espaço em cada veículo onde a notícia foi veiculada e quanto custaria pagar por isso. Uma fortuna", acrescentou.

Mas a jogada de marketing não rendeu só para o Furação, foi ótima para o técnico também. Essa é a avaliação do comentarista da ESPN Brasil Gerd Wenzel, especialista no futebol alemão. "O clube trouxe um campeão do mundo para treinar o time e o Lothar pode conseguir a grande alavancada da carreira. Resta saber se vai dar certo."

Garoto-propaganda

O efeito-Matthäus era esperado e planejado pelo clube. "Essa repercussão era inegável e fazia parte do pacote de se contratar uma figura como ele. O Lothar é uma entidade", define o diretor de marketing atleticano Mauro Holzmann. "Nenhum outro técnico traria essa exposição da nossa marca."

Ao justificar o acerto com o Atlético, um dos maiores ídolos do futebol na Alemanha transformou-se num garoto- propaganda rubro-negro. Um eco para um discurso freqüentemente limitado à esfera local.

"Sempre tivemos resistência da imprensa nacional em repercutir todo os nosso projeto, que agora começou acorrer o mundo por estar na boa de uma notoriedade como o Matthäus", comemora Holzmann, se referindo aos elogios do alemão ao CT do Caju e à Arena.

Para o presidente do Conselho Deliberativo Mário Celso Petraglia, a chegada do treinador faz parte da segunda parte do projeto atleticano. "Nos primeiros dez anos nos dedicamos à nossa estruturação. Na próxima década nosso planejamento prevê a implementação da marca em nível estadual, nacional e internacional. Temos várias ações para isso e essa é uma delas."

O dirigente, entretanto, faz uma alerta. Isso nada valerá sem resultados. "Trouxemos um dos homens com maior imagem no futebol mundial, mas não adiantará nada essa quebra de paradigmas se ele não trouxer a única coisa que exclusivamente nos interessa: as vitórias, fazer do nosso time uma marca mais vencedora ainda", cobrou.

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