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Éderson chegou a 17 gols, isolado na artilharia do Brasileiro | Antonio More/ Gazeta do Povo
Éderson chegou a 17 gols, isolado na artilharia do Brasileiro| Foto: Antonio More/ Gazeta do Povo

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O Atlético é o time da Série A que menos vezes entrou em campo no ano, 44 vezes. O São Paulo está no outro extremo, com 70. Diferença determinante na vitória rubro-negra por 3 a 0, ontem, na Vila. "A gente uma hora ia pagar o preço da loucura que estava fazendo com o time, jogando e viajando. A diferença foi física", falou o técnico Muricy Ramalho, que manteve o time que eliminou o Nacional de Medellín, na Sul-Americana. "Eu deveria ter tirado quem foi para a Colômbia. Com esse jogo que eles esticam a bola e saem correndo, tem de ter uma parte física apurada. É humanamente impossível".

Final

O torcedor do Atlético terá de pagar R$ 250 ou R$ 125 (meia-entrada) para ver a final da Copa do Brasil contra o Flamengo, dia 27, no Maracanã. Ontem, o clube carioca anunciou o preço, mas não há definição de carga ou de como será a comercialização para atleticanos. Pelo Regulamento Geral de Competições da CBF, o Atlético tem até três dias úteis antes do jogo para solicitar o equivalente a no máximo 10% da capacidade do estádio – 7.863 lugares, no caso do Maracanã.

A 33.ª rodada do Brasileiro foi perfeita para o Atlético. Além de derrotar o São Paulo por 3 a 0, na Vila Capanema, o Furacão contou com tropeços de seus concorrentes por uma vaga na Libertadores. Grêmio (3 a 0 para o Cruzeiro) e Botafogo (2 a 1 para o In­­terna­­cional) perderam; o Goiás empatou (1 a 1 com o Flamengo).

O resultado é o Atlético em segundo, com 58 pontos, com quatro pontos de vantagem para os gaúchos e cinco sobre goianos e cariocas. Matematicamente, o Rubro-Negro tem a chance de assegurar a vaga no próximo fim de semana, antes da primeira final da Copa do Brasil. Mesmo que não consiga, pode receber o Flamengo com uma mão na classificação ao torneio continental via Brasileiro.

"A gente estava em busca dessa vitória. O Atlético não vai parar. Nosso time está crescendo cada vez mais e espero conseguir essa classificação para a Libertadores o quanto antes", afirmou Éderson, um gol e uma assistência contra os são-paulinos.

Manter o time com a cabeça no Brasileiro após avançar à final da Copa do Brasil era uma das preocupações de Vagner Mancini. O técnico queria deixar claro que não há prioridade a uma competição específica. Por isso, descartou poupar jogadores e não mudou o estilo de jogo da equipe.

"Sabíamos a importância que tinha o jogo, não só pelo fato de mostrar que não estamos divididos. A pontuação na tabela fazia com que tivéssemos de vencer o São Paulo para ficar em segundo e chegar mais perto do nosso objetivo", afirmou Mancini. "Mesmo que eu quisesse tirar o pé do acelerador, temos uma maneira de jogar. Estamos em um momento em que não dá para pedir isso [diminuir o ritmo] aos atletas", complementou.

Assim, restam duas maneiras de desacelerar: suspensão e contusão. São dois fatores que obrigarão o Atlético a usar um time bem diferente na quarta-feira, contra o Criciúma. Manoel, Éderson e Marcelo nitidamente forçaram o cartão amarelo. Estão suspensos. Léo e Everton sentiram dores. Devem ser poupados.

"Tem de ser inteligente para saber que uma viagem de sete horas, um jogo quarta-feira e depois sábado de novo, é o momento certo de tirar um ou outro, de repensar a formação, mas tentando somar os três pontos lá em Criciúma", comentou.

A viagem para Santa Catarina será hoje, de ônibus. Deve abrir espaço como titular para Dráusio, Jonas e Ciro, jogadores pouco utilizados na campanha. Também para peças mais efetivas, como Roger e Zezinho ou Fran Mérida.

"O nosso elenco é muito forte. É o momento de usar todo mundo", diz Éderson. "O Cruzeiro terá de esperar para ser campeão. Não só em virtude do Vitória [adversário de quarta-feira], mas da ganância do Atlético de vencer outros jogos", avisou Mancini.

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