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Neymar comemora o primeiro gol santista ontem no Pacaembu. Ao fundo o volante Wendel, novidade atleticana para a partida, que acabou substituído por Marcinho ainda no primeiro tempo | Rahel Patrasso/ Frame-Folhapress
Neymar comemora o primeiro gol santista ontem no Pacaembu. Ao fundo o volante Wendel, novidade atleticana para a partida, que acabou substituído por Marcinho ainda no primeiro tempo| Foto: Rahel Patrasso/ Frame-Folhapress

O calvário atleticano no Brasi­­lei­­ro parece não ter fim. Preci­­san­­do desesperadamente de uma vitória para sair da zona de rebaixamento, o Atlético foi a São Paulo e voltou com mais uma derrota – a 15.ª no campeonato. Desta vez o algoz foi o Santos, que venceu por 4 a 1, em uma exibição de gala de Neymar, autor de todos os gols santistas.

Incluído nessa semana na lista extra-oficial dos 50 melhores do mundo pela Fifa, o atacante alvinegro não tomou conhecimento do adversário e infernizou a defesa. Fez praticamente de tudo. Marcou duas vezes de pênalti e duas vezes em arrancadas individuais. Chegou a balançar a rede em outras duas oportunidades, mas o árbitro anulou os lances – um deles de forma errada, após uma confusão com o bandeira.

Até o capitão do Rubro-Negro, Paulo Baier, se rendeu ao jogador que chamou de "patrimônio" do futebol brasileiro. "O homem é um craque, um fenômeno, não adianta discutir. E temos de ter atenção nesse tipo de jogador, para não machucá-lo, porque é uma relíquia. Temos de chegar firme, mas sem ser desleal. É um patrimônio que temos de cuidar", elogiou.

Com os quatro gols de Ney­­mar, o Atlético segue na zona do rebaixamento, na 18.ª colocação, com os mesmos 31 pontos que tinha no início da rodada.

O resultado, apesar de indiscutível a favor do Santos, deixou os jogadores do Furacão na bronca com o árbitro alagoano Francisco Carlos Nascimento. Eles reclamaram bastante das duas penalidades – dois empurrões de Cléber Santana. No intervalo, inclusive, o técnico Antônio Lopes foi tirar satisfação com o apitador.

"Bem quando empatamos, ele marcou outro pênalti. Os dois não foram. Mas no restante la­­mentamos o resultados e agora temos de fazer o melhor. Temos um jogo em casa e precisamos vencer", apontou Baier.

Com a semana cheia para treinar, os atletas não deixam de lado o discurso padrão de que é preciso "trabalho" para escapar da degola. "Infelizmente agora não adianta mais falar. É só batalhar e trabalhar para sair dessa situação", comentou o lateral-direito Wagner Diniz.

Apesar da derrota, serve de consolo o fato de que a rodada de ontem foi positiva. Tanto Ceará como Cruzeiro perderam seus jogos e permaneceram na mesma colocação – 17.ª e 15.ª, respectivamente. A torcida atleticana de hoje é contra o Atlético-MG, que recebe o Palmeiras em Sete Lagoas.

Em contrapartida, o Atlético já contabiliza desfalques para o jogo contra o Atlético-GO no próximo domingo, na Arena da Baixada. Cléber Santana e Paulo Baier receberam o terceiro cartão amarelo e não poderão en­­frentar o Dragão.

Precaução

O atacante Santiago García viajou para São Paulo, mas foi cortado do banco de reservas. A justificativa apontada pelo presidente Marcos Malucelli foi de que o clube o tirou do jogo por "precaução" em virtude do caso de doping por cocaína de quando ele ainda atuava no Nacional do Uru­­guai. Para determinar a real situação do jogador em relação ao caso, um representante do de­­partamento jurídico do Atlético viaja hoje para Montevidéu. Existe a possibilidade de o clube deixar de pagar as parcelas restantes da compra do atleta caso não possa mais contar com ele.

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