Atlético encara “panela de pressão” na Arena

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O técnico Sérgio Soares estará pres­­sionado hoje, contra o Roma de Apucarana, na Arena. Ainda sem ter conseguido encaixar o time no Paranaense e vendo o rival Co­­ritiba com quatro pontos a mais na liderança do primeiro turno, o co­­mandante rubro-negro precisa levar a sua equipe à vitória para não escutar mais xingamentos do que incentivos. Uma cobrança digna de momentos decisivos no último confronto antes do fim da pré-temporada atleticana – programada para acabar na segunda-feira.

A maioria das críticas ao técnico envolve o meio de campo rubro-negro. Quando jogou com três meias – Madson, Paulo Baier e Branquinho – a equipe falhou muito na marcação, mas conseguiu vencer. No entanto, quando dois volantes foram escalados, como pode ocorrer hoje caso Mad­­son não se recupere de uma amigdalite, o time ficou mais equilibrado em campo, mas acabou derrotado.

Para Soares, todos os questionamentos que resultam da campanha ruim no Estadual são normais, mas precisam acabar logo para que ele mesmo não tenha o seu car­­go ameaçado. "Quando os re­­sultados não acontecem, a pressão aumenta. Mas tem de ter tranquilidade para poder sair deste mo­­mento e fazer as coisas andarem novamente", explicou o técnico. "O futebol é resultado, sei disso.

O Muricy [Ramalho] ficou no São Paulo durante um bom tempo. Quando os resultados deixaram de acontecer ele saiu", exemplificou o treinador.

No ano passado o próprio Atlé­­tico teve um técnico que caiu no meio do Paranaense. Após 11 jo­­gos, Antônio Lopes foi substituído por Leandro Niehues, sendo que o Delegado só tinha perdido uma par­­tida. Agora, já com duas derrotas em quatro jogos, Soares começa a sentir que precisa mudar a campanha rubro-negra para não ter o mesmo destino.

Porém, para continuar no Fu­­racão, o comandante terá de contar com um bom desempenho dos seus atletas. Isso apenas quatro dias depois de ter afirmado que seus jogadores atuaram sem vontade contra o Operário. Mas Soares não tem receio de ter ofendido a sua equipe. "Falar a verdade ofende? Se eu falei [publicamente] é porque eu falei para eles também", resumiu.

Um bom exemplo para o técni­­co de como encarar essa cobrança extrema está dentro do seu próprio elenco. O volante Fran­­sérgio, depois de ter sido emprestado ao Pa­­raná em 2010, começou o ano renegado ao "time C" do Atlético e agora pode aparecer entre os titulares. "Aí que é gostoso, aí que é bom. Tem de ter pressão. Se não tiver pressão, para mim não serve", garantiu o jogador, que certamente estará como gosta hoje na Arena.

Ao vivo

Atlético x Roma, às 19h30, na Rádio 98 (FM 98,9) e no tempo real da Gazeta do Povo (www.gazetadopovo.com.br/esportes).