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Empolgado com o vice-campeonato da Libertadores e a reação na reta final do Brasileiro, o presidente do Conselho Deliberativo e homem-forte do Atlético, Mário Celso Petraglia, declarou ao fim da temporada passada que 2006 seria "o ano do futebol" para o Rubro-Negro.

Feito o balanço, não é difícil perceber que a promessa não foi cumprida. A eliminação de ontem na semifinal da Sul-Americana acabou com a última esperança de salvar o ano. Antes o time já havia fracassado no Paranaense (foi eliminado nas quartas-de-final pela Adap), Copa do Brasil (caiu diante do Volta Redonda na segunda fase) e Brasileiro (está apenas em 13.º lugar a duas rodadas do encerramento).

A diretoria não havia apenas planejado conquistas. Queria fazer isso de modo inovador e marcante. E foi aí que perdeu 2006. Mais precisamente ao apostar tudo na contratação do alemão Lothar Matthäus para dirigir a equipe.

Marketing garantido, faltava a resposta prática. Porém o projeto ruiu graças ao pouco caso do alemão, que simplesmente abandonou o clube às vésperas do primeiro jogo contra a Adap. Em Curitiba sempre será lembrado mais pelas aventuras amorosas do que pelo trabalho de técnico. O presidente do Conselho Gestor, João Augusto Fleury, admitiu pouco depois que a saída de Matthäus quebrou a motivação do elenco, que havia comprado a idéia de trabalhar com uma lenda do futebol mundial.

Para piorar, a diretoria não consertou as coisas de imediato. Apostou em outra surpreendente contratação de treinador e perdeu mais quatro meses. Visivelmente deslocado, o pernambucano Givanildo Oliveira não conseguiu implantar por aqui o bom trabalho realizado em clubes da metade de cima do país, como faria novamente ao deixar o Atlético, assumir o Sport e levar o outro Rubro-Negro à Série A.

Somente com a vinda do velho conhecido Vadão, uma aposta na simplicidade, o Furacão cresceu e até chegou perto de salvar 2006. Viveu no fim de outubro uma seqüência inebriante de 18 gols em quatro jogos, que fez a torcida sonhar com o título da Sul-Americana e até uma possível arrancada para brigar por vaga na Libertadores.

Porém três derrotas seguidas no Brasileiro e a eliminação pelo Pachuca no torneio continental mostraram que além de inovar ou simplificar na contratação de técnicos, o Rubro-Negro deveria ter se preocupado um pouco mais com a qualidade do time para o ano do futebol.

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