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Briga pela vaga De leve, clube assume favoritismo

As palavras são cuidadosas para falar de qualquer adversário. Mas o Atlético dispensa a modéstia nesta fase aguda do Paranaense. Classificado em segundo lugar, a equipe nem considera a hipótese de ficar de fora das semifinais.

"Pela nossa preparação e pelas condições de trabalho, temos tudo para conseguir a vaga", assume o zagueiro Marcão. "Toda a nossa programação é para isso", completa Vadão, sem palpitar sobre quem do grupo deve seguir na competição.

"Umas equipes podem ter ido melhor que outras, mas quem chega numa fase como essa ganha novo fôlego", afirmou o treinador.

Dos três oponentes, só o Cianorte foi batido pelo Atlético, enquanto Rio Branco e Paranavaí saíram vencedores. Os três jogaram contra o Ventania. Por isso Ivo Secchi tornou-se olheiro e informante do Furacão.

"Conversamos muito e passamos todas as informações possíveis", disse o auxiliar, único a arriscar um possível segundo favorito na chave.

"Depois do Atlético, eu torço para o Paranavaí", conta. Não podia ser diferente. Pouco antes de voltar a trabalhar com Vadão, ele ajudou a formar o elenco do Vermelhinho. (ALM)

Adversário Leão sonha com fim do tabu

Na sua história, o Cianorte já venceu Coritiba e Paraná. Mas quando o grande do outro lado do campo é o Atlético, a situação é diferente. Os dois últimos encontros resumem o retrospecto. Em 2006, Pedro Oldoni marcou três vezes e o Rubro-Negro venceu por 5 a 1, em Cianorte. Há duas semanas, mesmo com o time reserva, novo triunfo atleticano: 3 a 1, na Arena. Para mudar essa história, Cláudio Tencati terá força máxima. A única dúvida durante a semana, o atacante Dill, com dores musculares, foi liberado pelos médicos e joga.

Sete anos depois e com novos atores, o Atlético ensaia a reprise da campanha estadual de 2000. O enredo rubro-negro não é original. Um ataque poderoso, atuações divididas entre Ventania e Furacão e igual fórmula de disputa. O cenário é o mesmo, bem como o "diretor" Oswaldo Alvarez.

Para não fugir ao script, falta o título. O antepenúltimo ato começa hoje, contra o Cianorte, às 16 horas, na largada da segunda fase do campeonato. Após o jogo no Albino Turbay, o time enfrentará ainda Rio Branco e Paranavaí para tentar chegar às semifinais e finais.

A proximidade entre os enredos começa com o comando de Vadão nas duas temporadas e na necessidade de o clube priorizar mais de uma competição. Em 2000, o Atlético ingressava pela primeira vez na cobiçada Libertadores (tinha ainda Copa do Brasil e Copa Sul-Minas). Este ano o compromisso é menos glorioso, a Copa do Brasil.

A solução para ambos os casos foi confiar aos reservas o início da disputa caseira e ter a participação especial dos titulares nos momentos decisivos. Naquele ano, o Ventania ficou na ativa durante toda a fase classificatória (só não jogou os clássicos) e acumulou sete vitórias, um empate e uma derrota.

Clássicos no mata-mata

A atuação dos coadjuvantes atuais foi mais curta e mais modesta, com três vitórias, dois empates e três derrotas. Mas o suficiente para colocar o clube na segunda colocação com um bônus importante: não encarar os maiores rivais nesta fase. Uma obrigação da qual o Furacão 2000 também escapou.

O que mais aproxima as duas histórias, entretanto, é o ataque. "Acho que não dá para equiparar individualmente. Por outro lado, são dois times velozes e que marcam muitos gols. Para mim é um privilégio trabalhar com equipes assim", compara Vadão.

Título é fundamental

Ele conseguiu reprisar esse ano um quadrado ofensivo menos badalado, mas quase tão poderoso o formado por Adriano, Kelly, Kléber e Lucas.

"Aquele time tinha conquistado a seletiva para a Libertadores e vinha completamente motivado e entrosado. Esse começou a jogar junto agora", acrescenta o treinador.

Com o quarteto Evandro, Ferreira, Dênis e Alex em campo, o Atlético chegou a 33 gols em 12 jogos. Média de 4,12 por jogo capaz de superar até mesmo a marca história do Furacão de 1949, de 4,8. Façanha que, para Vadão, só terá validade com o título regional.

"Aquele time foi valorizado pelos títulos. Esse tem jogado bem, feitos os gols, só que precisa ser campeão. Ou as goleadas não valerão de nada."

Em Cianorte

Cianorte x Atlético

Cianorte

Danilo; Willian, Montoya e Fábio; Daniel Marques, Aroldo, Marquinhos, Dudu e Fernandinho; Didi e Dill.Técnico: Cláudio Tencati.

Atlético

Cléber; Jancarlos, Danilo, Marcão e Michel; Alan Bahia, Erandir, Evandro, Ferreira; Dênis Marques e Alex Mineiro.Técnico: Oswaldo Alvarez.

Estádio: Albino Turbay. Horário: 16 horas. Árbitro: Heber Roberto Lopes. Auxis.: Ildefonso Trombeta e Wilson Aparecido Brito.

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