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Repercussão

"A vitória representa para o time, não só para mim, um ganho de confiança. Venho colocando para eles que o time está evoluindo, subindo de produção e realizando boas partidas. Isso dá confiança. Quando você tem a obrigação de vencer, fica pressionado e as vezes isso desestabiliza os jogadores. Foi uma vitória que nos dá a chance de fazer um trabalho mais tranqüilo para o jogo contra o São Paulo".

Lopes valoriza conquista e fala em vitória contra o São Paulo______________________________

"Desde o ataque, com o Marcelo, o Dinei e o Ferreira, todos aplicados na marcação. Todos correram, se dedicaram e se aproximaram. Ninguém se escondeu. Foi um time rápido, alegre e diferente, que trabalhou com poucos toques que acabaram envolvendo o Flamengo".

Edno e Marcelo lideram Atlético em vitória redentora na Arena______________________________

"Não é hora de falar muita coisa. É hora de tomar decisões. Não deu tempo de fazer muita coisa da partida de São Paulo para essa. Agora, vamos chegar ao Rio de Janeiro e conversar com os dirigentes".

Joel Santana promete mudanças no Flamengo

Depois de amargar uma seqüência de cinco jogos sem vencer, o Atlético cumpriu bem sua missão na noite desta quarta-feira e com o placar de 2 a 0 sobre o Flamengo reencontrou o caminho das vitórias. Com os três pontos conquistados, diante de quase nove mil fanáticos torcedores, o Rubro-Negro paranaense permanece fora da zona do rebaixamento, afunda o adversário nas últimas posições e mantém tabu de 33 anos.

Nas últimas três décadas o Atlético não foi derrotado pelo rival carioca jogando em seus domínios. Para manter essa marca histórica, que antes da partida era o único argumento em que o torcedor se apoiava, o time demonstrou boa aplicação tática e vontade de vencer. Com a vitória do Náutico sobre o Figueirense, o Furacão foi para o jogo sabendo que uma derrota instalaria a crise no time.

O diferencial neste jogo, além da vontade de vencer, foram as boas apresentações individuais de quatro jogadores. Inspirados, Edno – jogando novamente em sua posição de origem – Ferreira, Marcelo e principalmente Rodolfo, que evitou pelo menos dois gols do Flamengo fizeram bonito. O jogo não teve brilho, mas teve vitória paranaense e afinal era isso que importava.

O jogo

Além de carregar nas costas todo o peso de uma seqüência de resultados negativos, o Furacão pisou no gramado da Kyocera Arena na zona de rebaixamento. O técnico Antônio Lopes apostou todas as suas fichas na determinação e comprometimento individual dos seus comandados, afinal o time tinha poucas novidades.

Após uma tentativa do Flamengo, o Atlético armou um rápido contra-ataque e no cruzamento de Andé Rocha, a zaga carioca tocou para escanteio. Na cobrança ainda aos dois minutos de jogo, Edno bateu no primeiro pau, o próprio André Rocha desviou de cabeça e quase embaixo do travessão Marcelo completou para as redes do goleiro Bruno. Explosão de alegria das arquibancadas da Arena.

O gol pegou a todos de surpresa e o ritmo do jogo, que parecia frenético, se acalmou. O Flamengo se mostrou um time calmo e aos poucos foi tentando ocupar melhor os espaços do gramado. Aos 10 minutos o goleiro Guilherme evitou o empate carioca, quando Juan recebeu na esquerda e disparou uma bomba. A defesa foi plasticamente bonita e eficiente.

Pouco depois o atacante Obina chegou a balançar as redes dos paranaenses, mas equivocadamente o auxiliar Marinaldo Silvério anulou o gol alegando impedimento. O Flamengo seguiu na pressão e aos 20 minutos era melhor que o Atlético. Depois de um cruzamento, Paulo Sérgio cabeceou por cobertura, Guilherme falhou e Rodolfo evitou o gol em uma cabeçada providencial.

O Atlético ameaçou o gol flamenguista em dois lances. No primeiro Ferreira carregou a bola pela linha lateral direita, deixou dois marcadores na saudade e tocou para André Rocha, que livre, fez um cruzamento bizonho e jogou fora boa chance. Logo depois, aos 39, André Rocha levanta e Marcelo cabeceia com perigo. Com a ponta dos dedos Bruno toca para escanteio, na última chance dos times nos primeiros 45 minutos.

Segundo tempo para consolidar vitória

Para a segunda etapa o técnico Joel Santana promoveu a entrada de Paulinho, volante, no lugar do zagueiro Ronaldo Angelim. A mudança possibilitou a troca do esquema tático, que migrou do 3-5-2 para o 4-4-2. Lopes levou a campo o mesmo time da primeira etapa.

O Flamengo voltou na pressão e logo aos dois minutos quase empatou o jogo. Em boa jogada pela esquerda, Juan tocou para Paulo Sérgio que tentou o domínio. Esperto no lance, Rodolfo faz o corte e evitou o perigo. O Atlético respondeu aos 4 minutos da segunda etapa, quando Netinho fez o lançamento para Marcelo, que devolveu para o meia arriscar o chute. A bola foi para as redes, mas pelo lado de fora. O Furacão voltou a pressionar aos 8 minutos. Ferreira fez grande jogada, se livrou da marcação com dois dribles rápidos e tocou para Netinho, que exagerou na força e mandou para fora.

O Atlético retomou o controle da partida e volta e meia ameaçava o gol do Flamengo. Aos 14 minutos uma jogada bem trabalhada originou o segundo gol dos paranaenses. Edno desceu em velocidade, tocou para Marcelo que escorou para Ferreira ajeitar novamente para Edno. O jogador chutou com força e Bruno chegou a defender, mas a bola foi mansinha morrer nas redes do Rubro-Negro carioca.

O Flamengo não se rendeu, mas visivelmente não tinha força e nem competência para buscar o resultado. Aos 26 minutos Juan cruzou, Maxi tentou o arremate e foi travado pela zaga. No rebote o meia Roger chutou, mas a bola desviou para nova tentativa de Renato Augusto, que bateu prensado e ganhou escanteio.

O Atlético passou a administrar o resultado que lhe devolveria o gosto da vitória após cinco jogos. Se o Furacão pisou no gramado da Arena afundado na zona de rebaixamento, os jogadores deixaram o campo de jogo com um fôlego extra e pelo menos até o próximo jogo, fora do grupo dos rebaixados em potencial.

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