Em uma fria noite na Arena da Baixada, quem congelou, não acreditando no que ocorria em campo, foi a torcida atleticana. No primeiro jogo pós Copa do Mundo, o técnico Paulo César Carpegiani apostou no 4-4-2, mas teve de voltar ao velho esquema com três zagueiros no intervalo. De uma forma ou de outra, não teve jeito, o Cruzeiro venceu por 2 a 0.
Com o resultado, o Rubro-Negro, que já tinha caído para a zona de rebaixamento com o efeito suspensivo conseguido pelo Grêmio Prudente recuperando temporariamente os três pontos perdidos no tapetão , teve a certeza de que ficará nela ao fim rodada. Ainda será ultrapassado por um dos Atléticos, Mineiro ou Goianiense, que se enfrentam hoje.
A surpresa de Carpegiani foi a escalação do lateral-direito Wagner Diniz, mesmo tendo improvisado o zagueiro Leandro na posição nos dois últimos treinos. Em um 4-4-2, com Vitor e Paulinho estreando, o primeiro tempo foi equilibrado, mas o Furacão falhava principalmente pelo lado esquerdo. Foi por ali que começou a jogada do gol cruzeirense, de Wellington Paulista, no último lance do primeiro tempo.
É verdade que antes o Atlético teve um gol legítimo não validado. O bandeira paulista Dante Mesquita Júnior deu impedimento inexistente de Alex Mineiro, autor de um passe de calcanhar para Bruno Mineiro completar.
Diante do revés, o treinador colocou em campo mais um estreante, o zagueiro Eli Sabiá, e voltou ao esquema que o Atlético costuma jogar: o 3-5-2. "Tínhamos de fazer algo diferente para ter o domínio do jogo", explicou após a partida.
Se, como o próprio técnico disse, a equipe tivesse acertado a "pontada final", poderia ter dado resultado. Mas não deu. Fechado, na espera de um contra-ataque decisivo, o Cruzeiro matou a partida aos 41 minutos, com Robert.
Após o confronto, restaram mais lamentações, como a do zagueiro Rhodolfo. "O que complicou foi o gol nos acréscimos (do primeiro tempo), em uma bobeira nossa", afirmou. "Ainda tem bastante jogador para estrear em agosto. Mas agora temos de pensar no Vasco", resumiu o defensor.
Carpegiani também lembrou dos reforços. Mas para o próximo jogo poderá contar apenas com o volante Chico, que estava suspenso, e terá de quebrar a cabeça para levantar o Furacão. "Não tem varinha mágica. De uma maneira ou de outra, temos de encontrar soluções", resumiu.
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