O Atlético não desiste de jogar em Curitiba ainda neste ano. Enquanto as negociações com o Paraná para utilizar a Vila Olímpica do Boqueirão não avançam, o clube trabalha com a possibilidade de mandar os jogos no Ecoestádio estádio no qual foi inquilino por quatro rodadas do Campeonato Paranaense, antes de alugar a Vila Capanema e descer a serra para jogar no Gigante do Itiberê, em Paranaguá.
"Já tínhamos disponibilizado o nosso estádio para o Atlético. Eles estão tentando viabilizar essa possibilidade. Mas sei que só depende do Corpo de Bombeiros", revelou o presidente do Jotinha [ex-Corinthians Paranaense], Joel Malucelli.
O estádio à beira da BR-277 tem capacidade para apenas 4 mil torcedores sentados. O regulamento da competição, entretanto, exige uma praça esportiva que comporte pelo menos 10 mil pessoas sentadas. Dessa forma, o Furacão teria de montar arquibancadas temporárias para chegar à capacidade mínima. Além disso, seria necessário que todos os jogos no Ecoestádio fossem remarcados para o período da tarde, já que não há sistema de iluminação no local.
O diretor de marketing e comunicação do Atlético, Mauro Holzmann, que tem tomado a dianteira das negociações a respeito de uma "casa atleticana", não confirmou a possibilidade, mas também não descartou o estádio do Jotinha.
"É uma coisa muito complicada. Não vou dizer que não estamos tentando trazer os jogos para Curitiba. Mas depende da CBF, da [Rede] Globo e do Corpo de Bombeiros. Estamos tentando todas as alternativas possíveis", disse.
A passagem do Furacão pelo Ecoestádio foi marcada pela morte de um torcedor. Após o primeiro jogo lá, contra o Roma, no dia 1.º de fevereiro, André Scaramussa Lopes, de 21 anos, foi atropelado na rodovia, em frente ao Parque Barigui. Depois do acidente, a Polícia Rodoviária Federal (PRF-PR) tentou proibir os jogos no local, enquanto uma passarela não fosse instalada para a travessia de pedestres do estádio até o parque a obra foi concluída em junho.
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