O zagueiro Wanderson, 26 anos, pode ser considerado o primeiro fruto de uma polêmica parceria entre Atlético e Ferroviária de Araraquara.
Autor de dois gols nos últimos dois jogos, o defensor chegou na Baixada no ano passado, após se destacar no time paulista. Antes disso, havia jogado no Criciúma, São Bento, Treze-PB, Sertãozinho e Francana.
Iniciada em 2004, o acerto entre as duas equipes foi todo costurado por Mario Celso Petraglia e nada vingou dentro de campo, até a aparição de Wanderson, que chegou em meados de 2016 e tem contrato até abril de 2019 com o Furacão.
Durante todo o período de relação entre os clubes os principais destaques da equipe grená não desembarcaram na Baixada. Casos do meia Renato Cajá, do volante Leandro Donizete e do atacante Cicinho.
Em sentido contrário, o Furacão abasteceu a Ferrinha com pelo menos 30 jogadores no período, normalmente bancando os salários.
Adormecida na gestão do presidente Marcos Malucelli (2009 a 2011) no Furacão, a parceria cresceu com o retorno de Petraglia em 2013. Mais do que ceder atletas, o Rubro-Negro tornou-se um cogestor do time grená – ao lado da empresa de marketing esportivo Know-How. Não se tem detalhes se o negócio ainda está na ativa entre as agremiações.
Os paulistas contavam ainda com o auxílio do Departamento de Inteligência do Futebol (DIF) atleticano. Um dos integrantes da divisão é Pedro Martins, filho do ex-ministro do governo Dilma Rousseff, Edinho Silva (PT-SP).
Empolgado com técnico e gols
Distante das questões comerciais, Wanderson festeja o grande momento. “O Eduardo Baptista é muito competente. Junto com o Autuori, ele vem fazendo um belo trabalho neste início de competição. Eu o agradeço pelas oportunidades e pela sequência que ele está me dando. Estou dando meu máximo para corresponder dentro de campo”, comemora, em declaração via assessoria de imprensa do atleta.
Os gols dão mais otimismo: “Foram os dois primeiros de 2017, mas eu quero mais. Meu principal objetivo é ajudar na zaga, não deixando os adversários chegarem ao nosso gol, mas sempre que der, quero também apoiar e tentar fazer meus gols para buscarmos as vitórias. Fico feliz que isso venha acontecendo”.
-
Um guia sobre a censura e a perseguição contra a direita no Judiciário brasileiro
-
O “relatório da censura” e um momento crucial para a liberdade de expressão
-
Braço direito de Moraes no STF já defendeu pena de morte e é amigo de Val Marchiori
-
Três governadores e 50 parlamentares devem marcar presença no ato pró-Bolsonaro de domingo