Fernando Diniz, símbolo do Atlético-PR na temporada 2018.| Foto: /

O técnico Fernando Diniz adota um sistema de jogo que prioriza a troca de passes. Desde os primeiros e inovadores trabalhos do treinador no interior paulista, criou-se a expectativa sobre como a filosofia do jovem técnico, 44 anos, se sairia no Brasileirão. A atuação convincente do Atlético na goleada por 5 a 1 sobre a Chapecoense, no domingo (15), na Arena da Baixada, abriu espaço para analisarmos o porquê temos e podemos que confiar no Furacão em 2018.

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Confira cinco motivos para levar o Atlético de Diniz a sério o Brasileirão

Tempo de treinamento

 

O Atlético adotou uma postura, desde 2013, de colocar atletas sub-23 para jogar o Estadual para que o time principal tenha um período maior de preparação. Em 2018, a pré-temporada foi ainda mais intensa, com quase 100 dias de preparação. Com isso, o time de Fernando Diniz jogou apenas a Copa do Brasil e a Sul-Americana, ou seja, seis partidas disputadas até o início do Campeonato Brasileiro (três vitórias e três empates).

“Os 100 dias que trabalhamos até aqui foram muito bem aproveitados. A gente praticamente dobrou a carga de treinamentos que os jogadores tinham nas temporadas passadas. Estamos fortes para iniciar o campeonato, para a maratona de jogos”, confia.

Elenco vasto
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O técnico Fernando Diniz conta com um número alto de jogadores em seu elenco. Além dos nomes do grupo principal, o treinador tem jovens que se destacaram no Paranaense à disposição, que ele já começou a fazer um intercâmbio, como Zé Ivaldo e Bruno Guimarães. Além deles, nomes como o zagueiro Léo Pereira e o meia João Pedro ainda nem ganharam uma chance no elenco principal. O atacante Bergson, contratado como artilheiro no fim do ano passado, é outro atleta que não jogou nas partidas recentes, mas integra o grupo de destaques da equipe.

Psicologia boleira

 

O treinador, em todos os seus discursos, procura dar confiança aos seus jogadores, mesmo que o momento não seja dos melhores. Além disso, o Fernando Diniz sempre frisa que seu time não tem um “11 titular”, todos os jogadores do elenco têm chances de jogar. Ele, inclusive, tem o hábito de revelar a escalação para os próprios jogadores pouco antes das partidas.

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Tiki-taka à brasileira

 

O modelo inovador de posse de bola e intensidade ganhou o olhar do Brasil quando ele ainda comandava o Audax-SP. O treinador, agora, terá sua primeira chance na Série A. E, em sua estreia no Brasileirão, o Atlético foi quase perfeito nos passes. Ao todo, o time teve 95% de passes certos (de 635, 605 foram certos). Além disso, teve mais de 66% de posse de bola. Os dados são do site Footstats.

“As pessoas acabam identificando o trabalho dele com os times do Guardiola, o Barcelona, com um pouco do que faço. O que me encanta no futebol são mais os jogadores que os times, mais do que ficar acompanhando um treinador. O que me fez gostar de futebol foram os grandes craques que vi na infância, o que tento fazer nas equipes é que os jogadores, que sonharam em serem grandes jogadores, possam jogar como sonharam, tudo que faço é que sintam-se bem e tenham prazer em jogar este jogo”, disse ao canal Sportv.

Estrutura do Atlético
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Quando ele se destacou no Audax-SP, todos queriam vê-lo em um grande clube. Com este sistema de troca de passes, os times dele já foram comparados ao estilo de Guardiola. A expectativa cresce, principalmente, com a grande estreia no Brasileiro, à frente de uma agremiação com capacidade de recursos humanos no futebol, torcida apaixonada e condições físicas de trabalho.

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