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O América-RN, cujo mascote é um "diabinho", deixou ontem de ser o melhor anfitrião do Campeonato Brasileiro. Após per-der todos os seis jogos disputados em casa, o time potiguar desistiu da cortesia e conseguiu o primeiro triunfo, graças a uma ajuda e tanto do Atlético. Com um primeiro tempo tão negro quanto o uniforme usado ontem em Natal, os atleticanos permitiram a vantagem de dois gols do oponente.

Uma vitória aliada à uma combinação de resultados hoje poderia garantir uma ascensão considerável do Furacão na tabela. Já a derrota manteve o time no 13.º lugar com o risco de cair duas posições no complemento da rodada. O próximo jogo do Atlético será quarta-feira, contra o Cruzeiro, em casa.

Apesar do alívio caseiro, a crise no América é tamanha que não deu para sair da zona de rebaixamento.

Sem Danilo, suspenso, a defesa retomou a rotina de sofrer gols. O setor havia passado em branco contra o Juventude, pela segunda vez apenas no Nacional. Mas ontem, em apenas 28 minutos havia levado dois do então pior ataque do Brasileirão.

O América tinha marcado apenas nove vezes (mesma quantidade do São Paulo). O primeiro gol do time potiguar saiu na frente com uma cobrança de falta de Paulo Isidoro, aos 11 minutos e Reinaldo ampliou após cruzamento de Arlon.

A defesa da equipe nordestina também estava entre as três piores do país, mas não foi muito incomodada ontem. Com três volantes, o Atlético não possuía força ofensiva e só foi chutar a gol aos 23 minutos, ainda assim sem perigo.

Entre os meias de contenção estava o estreante Claiton, escalado na equipe principal apenas três dias e dois treinos após chegar ao clube paranaense.

A titularidade relâmpago não deu certo. "Tivemos dois erros e saíram os gols. Precisávamos encurtar os espaços, trabalhar mais a bola e jogar com personalidade", analisou o jogador.

Se faltou atenção na defesa e força ao ataque, sobrou violência. Os jogadores abusaram das faltas e o árbitro Washington José Alves de Souza não economizou nos cartões. Sete atletas foram para o vestiário amarelados.

Um deles era João Leonardo, que nem retornou para o segundo tempo por causa da fraca atuação, avaliada pelo próprio Antônio Lopes. Evandro o substituiu, Marcelo entrou na vaga de Dinei e o Atlético voltou outro. Em dez minutos fez mais do que em todo primeiro tempo e deu sinais de reação.

A tentativa parou no gol solitário de Alex Mineiro, aos 22. O Rubro-Negro conseguiu perder por 2 a 1 para o então vice-lanterna.

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Em NatalAmérica 2 x 1 Atlético

AméricaRenê, Carlos Eduardo, Rogélio e Edson Borges; Ney Santos, Reinaldo (Odirlei), Marquinhos (Adriano Peixe), Souza e Márcio Goiano (Thiago Machado); Arlon e P. Isidoro. Técnico: Marcelo Veiga

AtléticoGuilherme, Jancarlos (André Rocha), João Leonardo (Evandro), Gustavo e Edno; Alan Bahia, Erandir, Claiton e Ferreira; Alex Mineiro e Dinei (Marcelo). Técnico: Antônio Lopes.

Estádio Machadão, em Natal Árbitro: Washington José Alves de Souza (AM) Gols: Paulo Isidoro (ARN), aos 11 e Renaldo (ARN), aos 28 do 1.º tempo; Alex Mineiro (ATL), aos 22 do 2.º tempo Amarelos: Alex Mineiro, João Leonardo, Gustavo, Jancarlos e Erandir (ATL); Reinaldo, Márcio Goiano, Marquinhos e Thiago Machado (ARN) Público pagante: 3.539 pessoas (7.077 no total) Renda: R$ 47.830.

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