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Ponto de partida no planejamento atleticano para 2011, Baier admitiu encerrar a carreira após mais dois anos de contrato | Marcelo Elias/ Gazeta do Povo
Ponto de partida no planejamento atleticano para 2011, Baier admitiu encerrar a carreira após mais dois anos de contrato| Foto: Marcelo Elias/ Gazeta do Povo

Paulo Baier

Após renovar com o Atlético até o fim de 2012, o meia Paulo Baier confirmou o plano para encerrar a carreira. "Já está tudo na mente. Dois anos aqui, me dedicando como eu sempre faço. Depois, eu quero cuidar da minha plantação de soja. Quero chegar no fim de semana, pegar a minha família e viajar", contou. Segundo o preparador físico do Atlético, Riva Carli, o clube não corre riscos ao renovar por duas temporadas com o jogador de 36 anos. "Em se tratando do Paulo Baier, nada é arriscado", garantiu. "Ele tem uma capacidade aeróbica excepcional, uma das melhores do Brasil."

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No início de agosto, o presidente do Atlético, Marcos Malucelli, re­­ve­­lava: "O objetivo é chegar entre os dez primeiros". Quatro meses se passaram e o Furacão foi bem além. Brigou por uma vaga na Li­­ber­­­ta­­dores até a penúltima rodada e po­­de encerrar a participação no Bra­­sileiro com um quinto lugar.

Condição que, no entanto, não surpreende o dirigente. "Foi uma campanha boa. Surpreen­­deu o nosso público, que estava pessimista por causa dos últimos anos, quando apenas fugimos do rebaixamento. Mas nós estávamos confiantes, vendo o que estava sendo feito", disse.

Nem mesmo a frustração por ter saído da briga pela Libertadores na penúltima rodada, após o em­­pate com o Ceará, influencia a avaliação atleticana. "É claro que nós ficamos na expectativa de classificação, não há como negar. In­­felizmente, não deu. Mas a campanha foi muito boa", afirma o diretor de futebol Valmor Zim­­mer­­mann.

Basta vencer o Avaí, domingo, na Baixada, para o Rubro-Negro terminar o campeonato em quinto lugar – atualmente é o sexto, mas ultrapassaria Grêmio ou Botafogo, que fazem um confronto direto. De qualquer forma, é a quarta melhor campanha do clube na história, atrás apenas do título em 2001, do vice-campeonato em 2004 e do terceiro lugar em 1983.

Para o ano que vem, a intenção é ir ainda mais longe. "Vamos brigar pelo título paranaense e para vencer um dos outros campeonatos que vamos participar, Copa do Brasil, Sul-Americana e Brasileiro. Um deles nós vamos estar na final", afirma Malucelli.

O retrospecto positivo no Bra­­sileiro de 2010 foi alcançado após um início muito ruim – apenas sete pontos em sete jogos. Veio a reformulação promovida pouco antes da parada para a Copa do Mundo e a recuperação. "Nós prevíamos isso, reforços chegando quando o caixa melhorasse", diz Malucelli. "Foi o que mexeu com o clube", completa Zimmermann.

No período, o Furacão trocou Leandro Niehues por Paulo César Carpegiani no comando técnico e jogadores como o atacante equatoriano Guerrón, o lateral-esquer­­do Paulinho e o volante Vítor desembarcaram na Baixada. Mais tarde, Carpegiani foi para o São Paulo e veio Sérgio Soares, que já renovou o contrato por um ano.

Para 2011, a intenção é manter a base e reforçar. Como prioridade, o setor ofensivo, claramente o ponto fraco da equipe. "Vamos procurar jogadores para o ataque. Mas precisamos repor eventuais saídas também", projeta o diretor de futebol.

Uma ausência confirmada é a do atacante Maikon Leite, que voltará para o Santos. O zagueiro Rhodolfo e o volante Chico também têm chances de ir embora. O próprio Zimmermann pode ser mais um. "Eu já revelei a minha intenção de não continuar. Tenho deixado várias coisas de lado. Mas quero formar o time antes disso", afirma. "Vou tentar convencê-lo a ficar", contrapõe Malucelli.

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