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Atleticanas

Liberados

O técnico Geninho ganhou dois reforços do departamento médico. Foram liberados o lateral-direito Alberto, recuperado de uma lesão na coxa esquerda, e o atacante Júlio César, que tratou de um problema no tendão-de-aquiles. Ontem, os dois voltaram aos treinos no CT do Caju, mas ainda é incerta a participação deles diante do Vasco.

Arbitragem

Wallace Nascimento Valente, do Espírito Santo, será o árbitro de Vasco x Atlético, quinta-feira, às 20h30. Ele será auxiliado pelos também capixabas Fabiano da Silva Ramires e José Ricardo Maciel Linhares.

  • Em 2004, o Atlético de Levir Culpi foi hostilizado na batalha de São Januário.

Ao afirmar que o jogo com o Vasco será uma guerra, mas que as coisas em São Januário "não são tão feias como pintam", o técnico Geninho certamente não fez referência ao retrospecto do Atlético no palco do confronto desta quinta-feira, decisivo na briga para escapar da degola.

Mesmo sem Eurico Miranda no comando do Alvinegro carioca, quando era rotina os forasteiros sofrerem hostilidades no campo da zona norte do Rio, nenhum time tenha lembranças tão horríveis do estádio como o Furacão.

A começar por dentro do gramado. Nos 13 jogos que fez por lá, foram 11 derrotas e dois empates, com 27 gols sofridos e 12 marcados – compromissos válidos pelo Brasileiro, Copa do Brasil e Sul-Americana. Tantos insucessos, um deles até hoje inesquecível.

Foi em São Januário, em uma tarde ensolarada do dia 12 de dezembro de 2004, que o Rubro-Negro praticamente perdeu o bicampeonato nacional, com a derrota para os donos da casa por 1 a 0. "Passamos por uma pressão grande", diz o volante Alan Bahia, único remanescente no elenco atual.

Neste episódio, tudo começou no deslocamento da delegação. "Escoltado" por uma viatura da Polícia Militar, (com os dois policiais desarmados), o ônibus do Atlético teve que parar em uma das muitas vielas da área ao defrontar-se com uma turma de vascaínos.

Vinte minutos depois, o vidro traseiro quebrado, o veículo chacoalhado e os ânimos cada vez mais acirrados, finalmente chegou o reforço. A partir daí, o que se viu foi inacreditável. "Apareceram policiais montados em cavalos e eles abriram espaço para a gente empunhando espadas", relembra Toni Casagrande, âncora da Rádio Band News e diretor de comunicação do clube na época.

Depois disso, o "normal": vestiário (minúsculo) trancado, sem que a equipe pudesse aquecer, cheiro de tinta, estádio superlotado (e com milhares de torcedores forçando a entrada do lado de fora) e todo o tipo de intruso no gramado.

E foi justamente um intrometido costumeiro de São Januário que protagonizou a outra passagem lamentável do Furacão por lá – esta que poucos atleticanos recordam.

Em 2001, o jogo com o Vasco estava marcado para as 14h30. Porém, não era o horário que Eurico Miranda preferia. Dessa forma, e munido de uma liminar – expedida pelo presidente da Federação Carioca, Eduardo Viana, transferindo o embate para meia hora mais tarde –, o então presidente do clube e deputado federal simplesmente expulsou do gramado o árbitro Wilson Souza de Mendonça.

"Tivemos que ir para um campo de cimento manter o aquecimento. Ficamos lá sem saber o que ia acontecer", declara o meia Rodriguinho, campeão brasileiro com o Atlético naquele ano que voltou à Baixada em 2008.

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