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Lopes também se irrita com o time

Antônio Lopes partiu para cima da arbitragem no fim do jogo. Depois, mais calmo, reconheceu os verdadeiros motivos de mais um tropeço e não transferiu responsabilidades – fazendo coro com a torcida.

"Apesar de todo mundo estar reclamando, porque não havia necessidade de tanto acréscimo (quatro minutos), a gente não podia ficar desatento no gol de empate deles", admitiu o técnico. "Não jogamos bem". A derrota manteve a gangorra atleticana. Desde a chegada de Lopes, há oito rodadas, o Rubro-Negro teve apenas uma boa atuação, na goleada sobre o Juventude (4 a 0). O jogo contra o Botafogo merece menção honrosa, mas o placar foi de derrota (2 a O). "É lógico que é pouco", disse o Delegado. (ALM)

Um golpe tão amargo quanto justo definiu o jogo de ontem na Arena. O gol do Cruzeiro, aos 48 minutos do segundo tempo, tirou do Atlético a vitória em casa – mas ajustou uma distorção no placar. Sufocado pelo time mineiro, o Rubro-Negro não soube valorizar a sorte de estar na frente por duas vezes e ficou no empate por 2 a 2.

A desatenção custou a manutenção do time na zona morta da classificação, bem próximo da faixa do rebaixamento.

Na próxima rodada, o Furacão enfrenta o Grêmio, na seqüência de confrontos contra equipes de expressão no Brasileiro. Até o fim do primeiro turno a tabela reserva os encontros com Corinthians, Flamengo, São Paulo e Vasco. O menos tradicional da série é o Sport.

O último lance do jogo de ontem ainda fez cessar a pequena trégua nos protestos na Baixada. As vaias "golearam" os aplausos diante da fraca atuação atleticana.

O time não conseguiu dar três passes seguidos com qualidade, abusou dos chutões como ligação direta entre a defesa e o ataque e transformou o meio-de-campo num corredor irresistível à armação do rápido Cruzeiro.

Quando o gol adversário parecia questão de minutos, o Atlético conseguiu sair na frente no tipo de jogada que viria a pontuar a noite: a bola parada. Ferreira cobrou falta e Gustavo cabeceou, aos 21 minutos. Foi a redenção do zagueiro que acabara de cometer uma falha incrível e era perseguido pelo público.

Quem também sofreu com os apupos foi o volante Claiton. O jogador apareceu mais pelas reclamações e pelas faltas. Numa delas veio empate mineiro, aos 23, com o gol de Araújo, aproveitando levantamento na área.

Antônio Lopes tentou ajeitar a equipe com a entrada de Evandro e Pedro Oldoni no segundo tempo. O atacante de sete gols em nove partida no ano mostrou porque não deve permanecer no banco de reservas. Se falta técnica, sobra sorte: Edno cobrou falta da direita, a bola bateu nas costas do centroavante e entrou, aos 33. O árbitro, entretanto, creditou o tento a Alan Bahia.

O gol foi um achado para quem sofria com a pressão mineira. Desesperados, a torcida e todos no banco de reservas atleticano pediam o fim do confronto quando Nenê aproveitou um cruzamento e decretou o empate e a justiça.

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Em CuritibaAtlético 2 x 2 Cruzeiro

AtléticoGuilherme; Nei, Valencia (Erandir), Gustavo, Danilo e Edno; Alan Bahia, Claiton (Evandro) e Ferreira; Alex Mineiro e Dinei (Pedro Oldoni). Técnico: Antônio Lopes.

CruzeiroFábio; Jonathan, Émerson, Thiago Heleno e Fernandinho; Ramires, Léo Silva, Maicosuel (Diego) e Wágner; Marcinho e Araújo (Nenê). Técnico: Dorival Júnior.

Estádio: Kyocera Arena. Árbitro: Lourival Dias Lima Filho (BA). Gols: Gustavo (A), aos 21’ e Araújo (C), aos 23’ do 1.º tempo; Pedro Oldoni (A), aos 33’ e Nenê (C), aos 48’ do 2.º tempo. Amarelos: Claiton, Alan Bahia, Gustavo, Edno, Alex Mineiro (A), Léo Silva (C). Vermelho: Thiago Heleno (C). Público: 5.818 (4.720 pagantes). Renda: R$ 105.745,00.

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