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Filas para comprar ingresso, pressão na Arena que não deve nada para as mais participantes torcidas argentinas, empolgação com a possibilidade do primeiro título internacional da história atleticana... Em meio às quartas-de-final da Copa Sul-Americana, é impossível não lembrar da campanha que levou o "El Paranaense" ao vice-campeonato da Libertadores do ano passado.

Nem os torcedores se atrevem a colocar em pé de igualdade os dois torneios, mas a forma engajada como vêm encarando a segunda mais importante competição continental não deixa dúvidas de que se transformou em algo como uma "mini-Libertadores". Prova disso é a concorrência por um lugar no Caldeirão na partida de hoje, às 22 horas, contra o Nacional-URU, valendo vaga nas semifinais.

Mobilização que passou de fora para dentro do campo. "Essa maneira como a torcida está vendo a Sul-Americana tem nos ajudado. Enchem o estádio, levam muito a sério a competição e isso faz com que a gente se comprometa ainda mais", diz o técnico Vadão.

"A motivação é muito grande por poder participar de outra competição internacional. Temos de levar isso para campo e representar bem a torcida", acrescentou o volante Alan Bahia, um dos remanescentes da memorável campanha na Libertadores 2005.

Os resultados mostram a boa relação que se criou entre o time e o torneio. O mesmo Atlético irregular do campeonato doméstico é o invicto da Copa. O time que eliminou Paraná, River Plate e que, depois da vitória por 2 a 1 em Montevidéu, só perderá a vaga para o Nacional em caso de desastre. "Estou bem mais empolgada com a Sul-Americana do que com o Brasileiro. É claro que não é como na Libertadores, mas adoro assistir aos jogos", conta Ester Aguiar, de 30 anos, desempregada. "A torcida está animada sim, mas nem tanto quanto na Libertadores. Quando chegar na semifinal, quem sabe? Aí sim fica todo mundo empolgado mesmo", prevê o impressor Vandoir de Souza, de 30 anos.

É verdade também que o adversário uruguaio não chama tanta atenção quanto o River. Afinal, viveu seus maiores momentos de glória quando o Atlético sequer sonhava com disputas internacionais – foi tricampeão da Libertadores e mundial interclubes em 1971, 80 e 88.

O que a comissão técnica quer evitar a todo custo é que a situação confortável no confronto, aliada à confiança exacerbada da torcida, gere acomodação da equipe hoje. "Às vezes parece que já passamos pelo Nacional, mas não é bem assim. Se trata de um time forte, que eliminou o Boca Juniors na Argentina (nos pênaltis, depois de perder por 2 a 1) e hoje estará reforçado por alguns jogadores que não nos enfrentaram lá", discursa Vadão, preocupado em aproveitar apenas a parte boa do clima de mini-Libertadores.

Em Curitiba

AtléticoCléber; Danilo, João Leonardo e Erandir; Jancarlos, Alan Bahia, Cristian, Ferreira e Michel; Marcos Aurélio e Denis Marques.Técnico: Vadão.

NacionalBava; Jaume, Godín e Romero; Vázquez, Brítez, Delgado, Tejera e Viana; Perrone e Castro.Técnico: Martín Lasarte.

Estádio: Arena.Horário: 22 horas. Árbitro: Carlos Luis Chandía (CHI).Auxiliares: Pablo Antonio Pozo (CHI) e Lorenzo Acunha (CHI).

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