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Atacante coxa-branco demonstrou insatisfação com salários atrasados | Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo
Atacante coxa-branco demonstrou insatisfação com salários atrasados| Foto: Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo

O dia de ontem no Coritiba foi tenso. Nem o reencontro com a vitória em casa, sobre a Chapecoense, na quarta-feira, aliviou o clima após a revelação de atraso salarial, que dominou o noticiário e os bastidores do clube. A polêmica foi divulgada por Zé Love e admitida pela diretoria alviverde. O caso envolve ainda a ausência de pagamentos para funcionários demitidos.

Uma reunião foi realizada às pressas antes do treinamento de ontem, envolvendo o diretor de futebol, Anderson Barros, e o elenco. "Eu coloquei para os atletas que os assuntos internos têm de ser tratados internamente. Qualquer colocação externa tem de ter autorização das partes envolvidas", cobrou o diretor. "O clube está buscando sair dessa situação. Eles entenderam isso. Esse tipo de atitude [de reclamar pela internet] não ajuda e pode voltar contra eles", afirmou Barros.

Em relação aos ex-funcionários, o fisioterapeuta Raul Forlani afirmou que os profissionais do departamento médico, demitidos há cerca de três meses, não receberam a rescisão de contrato e nem o fundo de garantia. "Você ir até o banco para resgatar o FGTS e ver que não tem nada é constrangedor. Só queremos os nossos direitos", disse à Rádio Transamérica. A direção do clube não se manifestou sobre esse assunto.

O turbilhão de problemas financeiros expostos ao público começou com uma postagem do atacante Zé Love no Instagram pela manhã. "Temos vários jogadores no elenco que não recebem um salário alto para ficarem até três meses sem receber sem que isso os prejudique em seus compromissos, como aluguel, prestação de carro e etc", disse o atacante. "Nós jogadores estamos comprometidos em tirar o Coritiba dessa situação em que está, mas a diretoria tem que nos ajudar fora de campo e cumprir com suas obrigações", reiteirou. Uma cobrança também feita pelo zagueiro Leandro Almeida.

A diretoria do Coxa contestou apenas o período de atraso. Segundo Anderson Barros, o clube não repassou o pagamento de julho, que deveria ter caído no dia 20 de agosto, e o ordenado de agosto, que precisa ser pago até o dia 20 deste mês. Os atletas que recebem direito de imagem também estariam nesse nível. "Existem algumas outras situações periféricas, mas não é verdade que alguns jogadores tenham recebido e outros não", garantiu o dirigente.

Barros condicionou os motivos do atraso a "uma interrupção no fluxo de caixa".

Problemas como esses não são novidade no Coxa neste ano. Em março, após a saída de Deivid, alegando atraso no pagamento de direitos de imagens e direitos trabalhistas, os atletas alviverdes chegaram a encaminhar uma carta ao presidente alviverde, Vilson Ribeiro de Andrade, protestando. Várias renegociações de dívidas foram feitas até essa nova revelação de problemas.

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