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O atraso de Tiago Neves no treino do Paraná do último sábado ainda está mal explicado. A revelação tricolor diz não ter consultado o horário da atividade ao deixar o clube, na sexta-feira, e que perdeu o ônibus que o levaria à Vila Capanema no dia seguinte. O presidente José Carlos de Miranda afirma que um dirigente leva o jogador à sede paranista diariamente e que, no sábado, o meia dormiu até mais tarde.

O episódio foi o desdobramento de uma reação do jogador, na sexta-feira, típica de um garoto de 20 anos que acaba de sair da adolescência. Rebelde como um filho repreendido pelo pai em público, bateu de frente com o técnico Lori Sandri, que o colocou para treinar no time reserva. Na saída do gramado, jogou o colete no chão e levou uma dura do "professor".

Neves correu para o vestiário, trocou de roupa e saiu rapidamente da Vila Capanema. A pressa custou caro. O meia disse que não verificou com atenção o horário do treinamento. Achou que a atividade, marcada para 9h30, começaria às 10 horas. Resultado: chegou atrasado e foi cortado do grupo que enfrentaria o Santos, em Maringá.

"Achei que o treino era às 10 horas. Quando cheguei na Vila, às 9h45, todo mundo já estava no campo. Pedi desculpa, mas não adiantou", explica o jogador.

Ainda sem ter um carro, Neves conta que vai de ônibus aos treinos. "Quando cheguei no ponto, o ônibus tinha acabado de partir. Fiquei esperando uns 20 minutos pelo próximo", explica.

Miranda contesta. Segundo o presidente, um dirigente tricolor busca Tiago em casa todos os dias para os treinamentos. No sábado, o meia estava dormindo quando a carona chegou.

O presidente aprovou a punição imposta por Lori, justamente três dias depois de a revelação receber um aumento salarial de 50%. "Temos todo o cuidado com ele, a ponto de disponibilizar um dirigente do clube para buscá-lo diariamente nos treinamentos", afirmou.

A ausência forçada serviu como reflexão para o meia. Ele dispensa o rótulo de indisciplinado e não quer ficar com a fama de jogador cujo talento foi encoberto por problemas extracampo. "Tenho uma cabeça boa, não me deslumbrei. Errei e estou pagando por isso. Só quero paz para jogar futebol", afirma.

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