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O Coritiba está plenamente seguro de que o melhor caminho a ser tomado foi mesmo romper parcialmente com o Clube dos 13 e resolver a vida sozinho em relação à negociação do novo contrato de transmissão do Campeonato Brasileiro, válido para o triênio 2012-2014.

Quem garante é Vilson Ribeiro de Andrade, principal dirigente alviverde – apesar de, no organograma oficial, ocupar a função de vice-presidente. "Houve uma unanimidade dentro do clube", ressalta ele, responsável por tratar do assunto no Alto da Glória.

A Gazeta do Povo apurou que a promessa de um lucro substancial, reflexo de um aumento considerável em relação à cota atual, de cerca de R$ 12 milhões, convenceu o Coxa a mudar de lado. Pesou também estar em sintonia com a CBF – e Ricardo Teixeira –, evitando possíveis represálias.

Andrade, porém, é reticente ao tratar do assunto. Evita como pode detalhar a estratégia. "Há uma cláusula de confidencialidade", revela, sem especificar com quem é o acordo. De certo apenas que, apesar de anunciar a abertura de negociação com três emissoras de tevê (sem revelar os nomes), o discurso é feito à imagem e semelhança da Rede Globo.

"Não adianta você receber um pouco a mais e ter uma audiência de 8%. Não é melhor ser mostrado por uma audiência de 46%, depois da novela? Não é mais fácil para vender o clube?", crava, repetindo a postura de Corin­­thians, Fla­­mengo, Fluminense, Botafogo e Vasco, os outros dissidentes do C13 – até o momento apenas o Alvinegro Paulista confirmou estar de saída do grupo.

Além da expectativa de rechear os cofres do clube, o item "torcedores em frente à tevê", classificado como técnico pelo dirigente, foi outro motivo que fez o Coritiba partir para uma aventura solo. Não apenas isso. Andrade reclama também de não ter sido ouvido pela entidade durante a formulação do edital de venda do Nacional, divulgado na semana passada.

"Gostaria de saber o porquê de o dinheiro ter de passar pelo Clube dos 13. [O valor] não é dos clubes? Ou por que os jogos do Coxa não podem ser mostrados para o interior do estado quando a partida for em Curitiba? Isso atrapalha o nosso planejamento [de interiorização da imagem], mas não tive quem questionar", afirma An­dra­­de, indicando que o caminho é mesmo sem volta.

Hoje, em Brasília, Fábio Koff, presidente do C13, se reúne com o presidente do Conselho Adminis­tra­tivo de Defesa Econômica (Ca­­de), Fernando Furlan, em busca de orientação para a disputa.

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