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Königstein, Alemanha – O Brasil está treinando com portões fechados em Falkenstein, distrito de Königstein, mas isso não significa isolamento. Muito menos acústico. A escola que fica no mesmo terreno da Arena Zagallo, bem perto do gramado, ferveu ontem no treino matutino da seleção – que coincide com o horário das aulas.

As sacadas ficaram apinhadas de gente, assim como as janelas que davam de frente para o campo. Bandeiras brasileiras e alemãs ficam penduradas do lado de fora do último andar. E a tentativa da turma de crianças de participar um pouco da festa foi ruidosa, ouvida em bom tom do campo. Gritos isolados ou em grupo chamavam todos por Ronaldinho. Esse é, para eles, o sinônimo perfeito de Brasil.

Uma rápida passagem por dentro do Taunusgymnasium – algo como Colégio Taunus – mostra que o momento é atípico. Correria por todo lado, professores sentados e as salas de aula reviradas. Mochilas no chão, mesas fora do lugar e um punhado de pré-adolescentes grudados na janela ou nas sacadas.

Entre um coro e outro na direção do campo, eles fizeram questão de falar sobre os visitantes famosos. A maioria dos meninos e meninas não torce pelo Brasil, mas todos ressaltam a superioridade verde-amarela. Claro que a palavra mais repetida só poderia ser Ronaldinho. É uma febre.

"Ronaldinho é perfeito. Ele é o melhor", derrete-se toda Katharina Botter, 14 anos. A principal razão apontada pelos fãs do jogador do Barcelona para todo esse sucesso com o público é a habilidade técnica, bem como as firulas que faz com a bola.

Para Moritz Richter, de apenas 12 anos, que ainda destaca Robinho, "é muito divertido ver o Ronaldinho jogar". Segundo o garoto, Brasil e Argentina são os candidatos fortes ao título, provando que a Alemanha está em baixa com os próprios alemães. Até porque, dentro da sala de aula, ninguém levantou um dedo para contestar.

Pendurado na janela, Tristan Eckart, 13, disse que adora ver todos os jogadores, que acha todos fantásticos, mas revelou no fim da entrevista o grande motivo da alegria. "Não temos que vir para a escola", falou ele, que tem acompanhado a competição do Joga Bonito – campeonato de trios patrocinado pela Nike – em Königstein.

Opinião parecida com a de Andre Hartmann, 12, um apaixonado por bola. Na visão dele, a folga escolar foi comemorada tanto quanto a presença dos craques. "Eles são nossos ídolos", finalizou, sem esquecer de indicar Dida como jogador preferido. "Ele é o melhor goleiro", decretou.

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