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O polêmico Aurélio Almeida, presidente do Grêmio Maringá, se tornou técnico, mas fracassou na tentativa de levar o clube à Série Prata do Campeonato Paranaense | Ivan Amorin/Gazeta Maringá
O polêmico Aurélio Almeida, presidente do Grêmio Maringá, se tornou técnico, mas fracassou na tentativa de levar o clube à Série Prata do Campeonato Paranaense| Foto: Ivan Amorin/Gazeta Maringá

Aurélio Almeida já tentou de tu­­do. Ou ao menos imaginou. Em momentos de megalomania, nada raros, o dono e presidente do Grê­­mio Maringá já anunciou ter comprado o Pinheirão e o ex-J. Ma­­luc­el­­li, atual Corinthians Pa­­ranaense. Disse também que levaria o Boca Juniors à Cidade Canção para um amistoso. Outra promessa: a contratação do pentacampeão Edílson para reforçar o ataque alvinegro. Não passou de boato, aumentando o folclore em torno do personagem, que, em 2002, passou um pe­­ríodo detido na Co­­lô­­nia Penal Agrí­cola, em Pira­­quara, cumprindo pe­­­­na por usurpação de função pública.

A última de Aurélio Almeida, porém, é verdade. O cartola virou técnico. Obviamente que do seu próprio time. Incomodado com a péssima campanha da equipe na Terceira Divisão do Campeonato Paranaense, Almeida demitiu no mês passado o trio Francisco Cas­­tão, Dirceu de Mattos e Ademar Scarpeline, que vinha tocando o futebol do Galo.

O acúmulo de função, contudo, não surtiu o efeito esperado. O dirigente fracassou na nova profissão, que ele diz nem ser tão nova assim, ressaltando as passagens como treinador pelas seleções de Aruba, no Caribe, e Belize, na América Cen­­tral. "Tenho muita experiência", afirma. A rodagem, no entanto, não foi suficiente para salvar o Alvinegro, eliminado por antecipação no Regional. Ontem, o time acumulou a quinta derrota em oito jogos na segunda fase do torneio: 2 a 1, em casa, para o Andraus. Partida que quase terminou em W.O. pelo fato de o Grêmio ter de­­morado 14 minutos para chegar ao estádio.

Almeida, fiel ao estilo bonachão, desmente com convicção os boatos de problemas internos, vinculados a informações de salários atrasados. O insucesso, segundo ele, tem outra explicação. "Está tudo em dia. O problema é que montamos um time de Primeira Divisão para disputar a Terceira", diz. "Os jogadores não se acostumaram com os gramados ruins", reforça, creditando os coros de burro que vem ouvindo da torcida a opositores, interessado em abalar a sua administração. "É um pes­­soal do Metropolitano [Grêmio Me­­tropolitano Maringá] que não tem o que fazer e vai ao estádio para me provocar", revela.

Enquanto não monta o "time de Terceira", capaz de dar o passo inicial no projeto de levar o Galo à Primeira Divisão nacional – "em pouco tempo", avisa –, Almeida fecha o roteiro da excursão que o clube fará pelo México nos próximos meses. Um dos amistosos po­­deria ser com o Puebla, que também integraria o pool de negócios do cartola, um legítimo sonhador que já passou com sua trupe – sem deixar saudades – por Toledo (Império Toledo) e Curitiba (Im­­pério do Futebol e Real Brasil).

Enquanto o dia do embarque não chega, o dirigente segue fazendo planos. O próximo? Ele ainda não sabe. "Sempre me ligam oferecendo um milhão de coisas".

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