Ausência de estrelas é lamentada por técnicos

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Marinfeld – O atacante Cristiano Ronaldo, um dos destaques da seleção portuguesa, voltou a treinar ontem e deve reforçar o time contra a Inglaterra, sábado, em Gelsenkirchen, pelas quartas-de-final da Copa contra a Inglaterra. O jogador recebeu entrada violenta na coxa direita do zagueiro Boulahrouz na vitória de 1 a 0 contra a Holanda.

Ontem, em Marienfeld, local da concentração portuguesa, Cristiano Ronaldo treinou separado. Sua escalação, no entanto, ainda não foi confirmada para o confronto.

O atacante Pauleta mostrou confiança na recuperação do companheiro. "Todos vamos estar em condições de jogo até sábado", disse.

O técnico Luiz Felipe Scolari terá problemas para cumprir o objetivo de dominar o meio-campo na partida. Sem Deco e Costinha – expulsos no jogo com a Holanda – o treinador brasileiro prepara um esquema para ficar com a maioria dos rebotes e impedir os lançamentos para o rápido Wayne Rooney.

"Vamos aprender a dar chutão", disse Felipão para o zagueiro Ricardo Carvalho no treino. A intenção de Felipão foi dizer a seu jogador para que não perca tempo em desfazer uma bola em profundidade do adversário, uma das características do time inglês.

Valendo-se da política da boa vizinhança, o técnico da Inglaterra, o sueco Sven-Goran Eriksson, lamenta a ausência de tantas estrelas no jogo – ele não conta mais com o atacante Owen, que contundiu o joelho na última partida da primeira fase, contra a Suécia.

"É uma lástima cada vez que há jogadores ausentes", declarou o treinador, que lembrou primeiro da ausência dos portugueses. "Deco é um jogador fantástico. Costinha também é muito importante na zaga e no meio-campo."

O comandante inglês aposta que Felipão utilize o meia Luís Figo para realizar as funções normalmente desempenhadas por Deco. "Acredito que Figo poderia jogar atrás de Pauleta, como atuou contra Angola. ele é muito perigoso e gerou o gol [português] daquele jogo nessa posição."

Assim como o técnico da seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira, Eriksson não está preocupado em dar show. "Vocês (jornalistas) querem o bom futebol. No entanto, o mais importante é ganhar as partidas. Não vencer significa voltar para casa, e não queremos isso", disse Eriksson.