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Henrique (à esq.) e Keirrison posam com torcedores do Barça no saguão do hotel em que passaram os primeiros dias na Espanha | Ana Carolina Moreno/Gazeta do Povo
Henrique (à esq.) e Keirrison posam com torcedores do Barça no saguão do hotel em que passaram os primeiros dias na Espanha| Foto: Ana Carolina Moreno/Gazeta do Povo

"Vou batalhar para estar na Copa de 2010", diz Keirrison, atacante do Benfica

Depois de um mês de férias forçadas da bola, Keirrison descobriu seu destino este ano: jogará pelo Benfica, mas seu salário será pago pelo clube no qual sonha jogar desde os 5 anos. Cada vez mais próximo de vestir a camisa do Barcelona, o atacante tenta controlar a ansiedade, mas revela que, quando pisou no gramado do Camp Nou pela primeira vez, não pôde disfarçar. "Passou um filme na minha cabeça", contou.

Leia a entrevista completa com Keirrison

"Aqui o futebol tem mais qualidade", diz Henrique, zagueiro do Barcelona

Henrique já dividiu o vestiário com alguns dos melhores jogadores do mundo e parece ter descoberto um dos muitos segredos dos sucesso do Barcelona: longe dos holofotes, são todos pessoas simples, que construíram um ambiente onde podem trabalhar sossegados. "É isso que faz fortalecer o Barcelona", explica o zagueiro.

Leia a entrevista completa com Henrique

Barcelona - Keirrison e Henrique ainda dormiam, às 11h30 (horário da Es­­pa­­nha) da última segunda-feira, quando a reportagem da Gazeta do Povo chegou ao hotel em que estavam hospedados, próximo ao Camp Nou, em Barcelona. Haviam passado a noite conversando com o empresário Marcos Malaquias. Falaram sobre as expectativas da nova vida que acabava de começar. A estreia do zagueiro no Barça, após um ano de "estágio" no Bayer Leverkusen; a camisa que o K9 vestiria na primeira temporada europeia. Era o único contato dos amigos antes de cada um seguir seu rumo.

Keirrison levou meia hora para se arrumar e descer ao saguão. Tinha na mente o Benfica, que aca­­bava de tomar do rival Porto a preferência para contratá-lo. Mas em momento algum admitiu a ida para o time mais popular de Portugal. O negócio seria fechado horas mais tarde.

Henrique apareceu 15 minutos depois, ainda cansado por causa do vôo noturno desde a Ingla­­terra e os dois jogos da Copa Wem­­bley que disputou pelo Barcelona, contra Al-Ahly (4 a 1) e Tottenham (1 a 1).

Felizes, se esforçam para controlar a ansiedade pelo início da temporada, no fim do mês. Hen­­rique, mais que Keirrison, já começou a incorporar a habitual tranquilidade com que os jogadores mais célebres do Barça falam à imprensa. Agora é um homem de poucas frases, prefere falar no campo. O amigo e quase parente Keirrison (o atacante namora a irmã do zagueiro, Hevelyn) só pensava em decidir logo seu destino para voltar a jogar futebol, depois de um mês de férias forçadas.

"Eu pensava em estar no Bar­­ce­­lona aos cinco anos de idade", contou Keirrison, ciente da responsabilidade que o espera na equipe catalã a partir de 2010. Afinal, custou 14 milhões de euros e, quando integrar o elenco, precisará disputar espaço ao lado dos intocáveis Lionel Messi e Thierry Henry com o sueco Zlatan Ibrahimovic e o menino-prodígio Bojan, egresso das categorias de base do Barça.

Aos poucos Henrique assimila o que é ser jogador do Barcelona. Já fez amizade com Henry, começa a descobrir por que o lema do Barça é "mais que um clube". Segundo o jogador, a equipe catalã foge da influência de sua imensa popularidade criando, ao redor do elenco e da equipe técnica, um ambiente de tranquilidade para proteger o desempenho do grupo da pressão externa.

"Um está sempre querendo ajudar o outro. É isso que faz fortalecer o Barcelona", explica o beque.

Por outro lado, o grau de exigência é alto. Henrique sabe que precisará trabalhar muito para superar a dura concorrência por um lugar no elenco principal. Seus adversários: o capitão Carles Puyol, o titular Rafa Marquez, o reserva imediato Gerard Piqué, o recém-contratado José Cáceres e, em alguns casos, o improvisado Yayá Touré.

A imprensa espanhola notou a ansiedade do jogador durante suas duas primeiras atuações, mas reconhece que o passo mais importante, o de entrar em campo e começar a se adaptar ao estilo do time culê, já foi dado. Henrique concorda e se agarra ao fato de o Barcelona o ter buscado logo após a primeira temporada na Ale­manha para manter a vontade de se encaixar no elenco. Ele aproveita sua experiência para dar uma dica a Keirrison sobre como aproveitar ao máximo o processo de adaptação ao futebol europeu: "Eles estão sempre de olho aqui, então o que você fizer lá reflete aqui".

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