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Nos bastidores, Bacellar disse que a renúncia de Guerra e Medina  é um problema que ele tem de resolver. | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Nos bastidores, Bacellar disse que a renúncia de Guerra e Medina é um problema que ele tem de resolver.| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

O futuro do Coritiba após as renúncias do vice-presidente, Ricardo Guerra, e do diretor executivo, João Paulo Medina, apresentadas via carta na noite de sábado (17), está exclusivamente nas mãos do presidente Rogério Bacellar.

“Este é um problema que eu tenho que resolver. Foi para mim que trouxeram a carta”, declarou o mandatário, de acordo com fonte próxima. Bacellar até o momento evitou entrevistas - sábado, no anúncio das renúncias após a vitória sobre o Grêmio, preferiu não falar com a reportagem da Gazeta no Couto Pereira. Os discursos dos vice-presidentes, Ernesto Luiz Pedroso e André Luiz Macias, reforçam o cenário da centralização do poder no presidente Bacellar.

“[As renúncias] Isso tem de ser perguntado ao presidente. Afinal, eles [Guerra e Medina] dirigiram-se ao presidente e quem os trouxe foi o presidente. Acredito que, com a saída do Guerra, o Medina tenha pedido para sair junto. A diretoria não está rachada, divergências de opiniões são normais”, argumenta Pedroso. “Não tenho nada a falar sobre essas renúncias. Sou apenas um parceiro da diretoria e nada mais do que isso”, relativiza.

A linha de Macias é a mesma. “Sou apenas um diretor”, faz coro. “Foi combinado que quem vai falar sobre isso é a presidência”, completa Macias.

Em reunião com o que sobrou até o momento da atual diretoria do Coxa, marcada para esta segunda-feira (18), Bacellar espera ouvir as opiniões dos membros do ex-G5 — com a saída de Guerra, permanecem os vices Pedroso, Macias e Gilberto Griebeler, além do próprio Bacellar — para realizar balanço da situação e depois programar um pronunciamento oficial.

Ainda antes das renúncias de Guerra e Medina, o presidente Bacellar, em entrevista exclusiva à Gazeta do Povo, confirmou que existiam divergências no G5 do clube, mas que as diferentes opiniões seriam benéficas para a gestão. “Pode ter divergências. E acho isso bom, fortalece. Eu não queria estar em uma cadeira de presidente com quatro vices que dissessem amém para tudo que eu fizesse”, disse o mandatário na quinta-feira (14).

Também na entrevista de quinta-feira, Bacellar também comentou sobre a importância da presença do agora ex-vice presidente Guerra no grupo gestor. “O nosso G5, com os quatro vices e eu, cada um tem uma cabeça. O Guerra e o Macias são novos e querem arrumar o mundo. Só que quando você fica um pouco mais velho, vê que não é do dia para a noite. É com mais calma. E é isso que tentamos fazer. É essa agressividade dos mais novos com a cabeça fria dos mais velhos”, receitou.

Na mesma entrevista, Bacellar comentou sobre a situação de Griebeler, membro do G5 que chegou a ter a saída da diretoria especulada. “Ele comparece às reuniões e, quando precisamos, faz o que a gente pede”, resumiu.

Antes das renúncias de Guerra e Medina, que, procurados pela reportagem no domingo (17) preferiram não conceder entrevistas, o Coxa já havia perdido, na última quarta-feira (13), a figura do supervisor de futebol, Maurício Cardoso, que pediu demissão porque sua idade e saúde “não permitem mais viver certas situações”.

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