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Borderlands 2 arrasou nas críticas dos grandes veículos especializados: uma boa opção de jogo para quem quer se divertir | Fotos: Divulgação
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O brilho no olhar das patinadoras curitibanas Francys Zanon e Ariane Francez descreve o sentimento das atletas quando perguntadas sobre sua participação no Campeonato Mundial de Patinação Artística, entre 29/9 e 13/10, na Nova Zelândia. Após cinco anos ininterruptos de treino, sem pausa para feriados e férias escolares, é num misto de ansiedade e felicidade que as atletas falam sobre seu principal desafio esportivo do ano.

Para as duas, um sonho que se realiza graças à Associação dos Pais e Amigos dos Patinadores Artísticos de Curitiba (APAC), e mais recentemente, ao projeto "Crescer com Patins" – o único do país a beneficiar a modalidade com apoio do Ministério do Esporte através de lei de incentivo.

Foram muitos anos e muitas dificuldades enfrentados até as duas convocações à seleção brasileira. Falta de instalações adequadas, de apoio e, principalmente, escassez de dinheiro. E foi através de feiras, vendas de bolos e sorvetes e o famoso "paitrocínio" que os pais permitiram que as duas jovens pudessem dar os primeiros passos no esporte e seguir dentro dele.

Mas, desde agosto, Francys e Ariane, assim como o resto da equipe, têm um motivo a mais para se esforçar. O projeto esportivo na qual participam recebeu R$ 200 mil, repassados pela empresa Volvo, via Lei de Incentivo ao Esporte.

O recurso foi aplicado em filiações, inscrições, na compra de uniformes e, principalmente, na criação de uma equipe menos amadora. "Antes a gente tinha apenas uma técnica. Hoje nós temos também um preparador físico, um professor de balé e uma psicóloga do esporte", relata a coordenadora financeira do projeto, Rosely Arruda.

Ariane, 16 anos, sete destes dedicados ao patins, diz estar realizando seu sonho indo ao Mundial. A atleta tem em seu currículo participações em outros eventos internacionais, como as copas da França e da Alemanha. "Eu espero ganhar muita experiência com isso. Vou estar em outro país, competindo naquilo que eu gosto de fazer, com outras pessoas de outros países que eu vou ter a oportunidade de conhecer."

Já Francys, sentindo o peso de ser uma das mais experientes do grupo – 24 anos de idade e 13 de patinação –, vê sua participação no Mundial de Roma, em 2005, e em outras competições como um diferencial em Auckland, na Nova Zelândia. "É uma das primeiras vezes que eu me sinto muito mais confiante na minha patinação". E apesar do pouco estímulo nacional dado à modalidade, para ela, o patriotismo fala sempre mais alto. "É um orgulho representar o Brasil em uma competição internacional que, nesse caso, é o auge da patinação mundial".

Para conquistar uma das 11 vagas na seleção, muitos desafios foram enfrentados ao longo do ano: Campeonato Brasileiro, Copa da França, Open Sul-Americano. Todos contaram pontos para as meninas. "Existe um comitê de convocação que analisa todas as participações e, principalmente, os resultados delas", explica a técnica Fabiana Consentino.

A treinadora acredita que há chances de Francys e Ariane alcançarem um bom resultado no evento, mesmo com o alto nível das adversárias. "Se elas conseguirem executar tudo que tem, no programa curto e no progra­­ma longo [são duas apresentações por atleta], elas têm chances de ficar entre as 15 melhores, até entre as 10 melhores do mundo".

A patinação artística não é um esporte olímpico, embora esteja no calendário dos Jogos Pan-Americanos.

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