Faltou equilíbrio emocional para a equipe de judô obter melhores resultados que as três medalhas de bronze conquistadas em Pequim. A opinião é do coordenador técnico Ney Wilson, que considerou o resultado "bom" e festejou a primeira medalha feminina, mas esperava um melhor desempenho dos campeões mundiais João Derly, Tiago Camilo e Luciano Corrêa.
"Talvez tenha faltado na nossa preparação blindar mais os atletas e cuidar mais do psicológico. Depois de nossa campanha no Mundial do ano passado, não podia duvidar que a medalha de ouro viria."
O Brasil ficou em 18º lugar no judô, com três medalhas de bronze (Ketleyn Quadros, Leandro Guilheiro e Tiago Camilo). O Japão somou 4 medalhas de ouro, 1 de prata e 2 de bronze. Com 3 de ouro e 1 de bronze, a China ficou em segundo, seguida da Coréia do Sul (1 ouro 2 pratas e 1 bronze). No total, 29 países conquistaram medalhas.
Ney Wilson destacou as atuações de Ketleyn Quadros e Eduardo Santos. "Ela foi o nosso ouro. Cumprimos um de nossos objetivos, que era conquistar a medalha inédita no feminino. Já ele mostrou uma personalidade muito forte em sua primeira Olimpíada."
Ney deixou transparecer que ficou frustrado pelo fato de a medalha de ouro ter escapado de Tiago Camilo. "Se ele lutar dez vezes com o alemão, ganha nove. Só iria perder uma vez e foi logo aqui na Olimpíada. O Tiago sofreu uma grande decepção", disse.
Sobre a possibilidade de o judoca subir de categoria e trocar o peso meio-médio (até 81 quilos) pelo médio (até 90 quilos), Ney mostra-se favorável. "O Tiago sempre será muito forte. É muito hábil e tem muita variedade de golpes."
O dirigente revelou que pelo menos duas alterações deverão ser feitas na equipe olímpica, que só deverá se reunir novamente no ano que vem para a disputa do Campeonato Mundial, na Holanda. "O Denílson Lourenço e a Edinanci Silva já estão em uma idade avançada. Quanto aos demais, vai depender da força de vontade e do interesse em permanecer mais quatro anos em forte ritmo de treinos."
No último dia de combates nos Jogos, o peso pesado (mais de 100 kg) João Gabriel Schlittler chegou à final da repescagem, mas perdeu a chance de disputar o bronze com a derrota para o francês Teddy Riner que ficou com uma das medalhas de bronze, ao lado do cubano Vidal Brayson.
No feminino (acima de 78 kg), que não teve representante brasileira, a medalha de ouro foi para a chinesa Wen Tong, que derrotou na final a japonesa Maki Tsukada. A eslovena Lucija Polavder e a cubana Idalys Ortiz completaram o pódio.
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