Barcelona e Real fazem mais uma edição do superclássico

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Se o torcedor brasileiro vai parar às 17 horas para acompanhar a decisiva penúltima rodada da Série A, uma hora antes os espanhóis estarão mobilizados para o seu maior clássico, um dos mais importantes do futebol mundial. Barcelona e Real Madrid se enfrentam no Camp Nou, em partida que vale a liderança do campeonato nacional – atualmente com os blancos, por um ponto (28 a 27). Com todos os ingressos esgotados há semanas, a partida será também exibida em 51 salas de cinema de 22 cidades do país.A maior expectativa é pela primeira atuação da dupla Kaká-Cristiano Ronaldo contra o Barça. Expoentes da volta de Florentino Perez aos merengues – e consequentemente das contratações galáticas do clube –, eles são os personagens centrais do clássico. Especialmente o português, que esteve afastado por lesão das últimas rodadas da Liga Espanhola.

"Eu gostaria de marcar uns 10 ou 20 gols nesse jogo", disse Cristiano Ronaldo. "Mas acho que não vai ser possível", completou, aos risos.Será o primeiro confronto entre os dois times após o humilhante 6 a 2 imposto pelo Barcelona ao Real, no Santiago Bernabéu, no returno da temporada passada. Ronaldo, porém, disse que os blancos não podem se intimidar com esse retrospecto recente.

"Não podemos ter medo de jogar contra o Barcelona. Se ficarmos só na defesa, vai ser melhor para eles", disse o português.

A missão madridista pode ser "facilitada" pela ausência de dois dos melhores jogadores dos catalães. Messi e Ibrahimovic estão machucados e são dúvida. Por outro lado, basta lembrar que foi sem eles que o Barça dominou amplamente e derrotou a Inter de Milão por 2 a 0, terça-feira, pela Liga dos Campeões.

"Estamos fazendo grandes partidas, jogando o futebol que sabemos. E com toda a torcida a nosso favor, somos mais fortes, uma equipe muito forte. Estou muito otimista para a partida e seguro de que ganharemos", afirmou Ibra.

Conhecido como El Clássico, Real x Barça teve sua primeira edição no dia 13 de maio de 1902, com vitória catalã por 3 a 1. A partida valia pela Copa de la Coronación, embrião da Copa do Rei.

Durante o período do franquismo, regime político nacionalista aplicado na Espanha entre 1939 e 1976, os clássicos extrapolaram o campo esportivo. Torcer pelo Barcelona tornava-se uma espécie de símbolo da oposição ao governo do general Francisco Franco, encarnado no Real Madrid. Em 1973, um 5 a 0 para o time azul-grená dentro do Santiago Ber­nabéu tornou-se um dos ícones do fim do regime.

Encerrada a ditadura, o jogo voltou a opor apenas dois modelos bem distintos de gestão. No Real, a predileção pela contratação de grandes astros mundiais. No Barça, a combinação de craques renomados a garotos formados nas canteras do clube. Estilos que estarão, hoje, em choque por mais uma vez.

Ao vivo

Barcelona x Real Madrid, às 16 horas, na ESPN Brasil.