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Rubens Barrichello terá de aguardar testes de brasileiros para saber se fica ou não na Honda | Kazuhiro Nogi / AFP
Rubens Barrichello terá de aguardar testes de brasileiros para saber se fica ou não na Honda| Foto: Kazuhiro Nogi / AFP

Rubens Barrichello quer permanecer na Fórmula 1 e está disposto a buscar patrocínio para isso. Mas ele terá de aguardar os testes que os brasileiros Bruno Senna e Lucas Di Grassi farão pela Honda para saber se seguirá na equipe ou se buscará uma vaga na Toro Rosso, também cobiçada por Senna e outros pilotos.

Segundo ele, os testes da Honda serão realizados em Barcelona, junto com o britânico Jenson Button, que estaria praticamente confirmado na escuderia para 2009.

"Se eles tiverem um ritmo bom, eles podem ficar para o ano que vem. Se não tiverem, sou eu que tenho a chance. Minha definição vai ficar para dezembro", disse Barrichello a jornalistas no domingo, após terminar o Grande Prêmio do Brasil em 15o lugar.

O brasileiro aconselha Bruno a entrar na Fórmula 1 primeiro como piloto de testes, após o sobrinho do tricampeão Ayrton Senna ter terminado a GP2 em segundo lugar neste ano. Já Di Grassi foi piloto reserva e de testes da Renault esta temporada e tem mais chance de obter sucesso, de acordo com Barrichello.

"O Di Grassi já tem alguns testes e se fizer um bom teste pode merecer. Para o Bruno Senna seria muito cedo a Fórmula 1", disse Barrichello, acrescentando que Felipe Massa só se tornou "um grande piloto" depois de passar um ano como piloto de testes da Ferrari, em 2003.

"Minha recomendação é que ele fizesse um ano de teste. Se não ele vai ter um ano como o do Nelsinho (Piquet), que foi um ano apático", afirmou ele sobre o piloto de Renault, que terminou a temporada em 12o lugar, duas posições acima de Barrichello (19 pontos contra 11).

Lucas Di Grassi disse à Reuters que terá de esperar a definição dos dois pilotos da Renault, que este ano contou com Nelsinho e o bicampeão Fernando Alonso, e pedir autorização da equipe francesa para realizar os testes, já que "eles investiram na minha carreira há tanto tempo", afirmou o brasileiro, 24, integrante do programa de jovens pilotos da equipe francesa há cinco anos.

Na corrida deste domingo em Interlagos, Nelsinho rodou na largada, porque a pista estava "muito escorregadia". "Ele estava tranquilo, isso faz parte", contou Di Grassi, que conversou com o companheiro depois da prova.

De olho na Toro Rosso

Caso não consiga uma vaga na Honda, onde disputou suas últimas três temporadas, Barrichello, recordista de provas da Fórmula 1, tentará a Toro Rosso.

"Estou preparado para ir em busca de patrocínio. Se eu tiver que trabalhar mais porque vai ter que fazer mais comercial e essa coisa toda para arrumar o dinheiro e depois correr o ano que vem, eu faço", afirmou o brasileiro de 36 anos, há 16 na F1.

"Eu quero ficar na Fórmula 1 porque não tive o que eu mereço ter, que é lutar pelo campeonato numa equipe decente, que me dê chance de lutar. Já tive seis anos de carro competitivo (na Ferrari), de uma equipe ótima, onde eu era tratado como segundo piloto. Hoje a Ferrari é o exemplo de que sem o (Michael) Schumacher eles trabalham na igualdade".

Barrichello acredita que Honda e Toro Rosso têm futuros promissores na categoria. Na equipe japonesa, ele vê evolução para o ano que vem, após a chegada do chefe da equipe Ross Brawn, com quem trabalhou na Ferrari.

"O próximo ano é o primeiro do Ross efetivamente na equipe depois de ter passado a dureza toda, então seria uma pena muito grande não usufruir (da melhora no carro)", disse o brasileiro, que no ano passado passou em branco pela primeira vez na F1, sem marcar nenhum ponto.

Barrichello indicou que Brawn não estaria se esforçando para mantê-lo na equipe. "Pelo menos não está atrapalhando", finalizou o vice-campeão mundial com a Ferrari em 2002 e 2004.

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