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Rubens Barrichello foi homenageado por antecipação pelo circo da Fórmula 1 pela longevidade na categoria | Francois Lenoir /  Reuters
Rubens Barrichello foi homenageado por antecipação pelo circo da Fórmula 1 pela longevidade na categoria| Foto: Francois Lenoir / Reuters

Ferrari espera dar seu sprint final

Com dois terços do Mundial disputados, a Ferrari tem apenas um objetivo em mente a partir de agora. Quer dar seu "sprint" final para entrar de fato na disputa pelos títulos de pilotos e construtores.

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Spa, Bélgica - Encontros como o de ontem à noite no motorhome da Williams, no circuito Spa-Francorchamps, são muito raros na Fórmula 1. Bernie Ecclestone, promotor do Mundial, todos os pilotos (exceto Michael Schumacher), e os principais diretores das equipes juntos e felizes. Motivo: participar da cerimônia organizada pela Williams para celebrar no GP da Bélgica o 300.º GP de Rubens Barrichello, recorde absoluto na história.

Antes do encontro, Rubinho conversou com a reportagem. "Nos últimos dias, em São Paulo, passei a acordar de madrugada para me adaptar ao fuso horário aqui da Europa. Minha mulher me viu descer às 4 horas para a academia do prédio e li nos seus olhos a pergunta: que diabo de paixão esse homem tem por carro de corrida?", contou.

Como se não bastasse, aos 38 anos, 18 de Fórmula 1, Barrichello regressou para seu apartamento, às 5h30, e deu sequência ao que mais gosta de fazer: manter contato com o mundo do automobilismo. "Passei as minhas corridas de fita de vídeo cassete para DVD e assisti às minhas provas de Fór­­mula Ford, Fórmula Opel, Fórmula 3 enquanto todos dormiam ainda", disse, rindo.

Frank Williams, proprietário de seu time atual, e Ross Brawn, da escuderia do ano passado e diretor técnico nos seus seis anos de Ferrari, disseram a mesma coisa no vídeo apresentado na cerimônia em Spa: "Ele é um dos melhores pilotos com quem já trabalhei".

Rubinho comentou pouco antes a razão de estar ainda em alta, contra o que a história da Fórmula 1 mostra de um veteraníssimo. "Paixão, é simples." Falou mais: "Nunca corri por dinheiro. Quando chorei no pódio, na Ale­­manha, foi porque me lembrei do meu pai vender o carro para eu poder continuar competindo de kart em 1987". Hoje, rico, ainda se mostra estimulado como nunca, como lembra Nick Fry, diretor da Mercedes, ex-Brawn. "É o que mais me impressiona em Rubens. Um homem muito bem-sucedido financeiramente, mas com gana impressionante de Fórmula 1."

Rubinho vai continuar na Williams em 2011. "Não atingi o meu auge ainda. O sonho é ser campeão e trabalho para isso." Expõe um lado místico ao abordar a relação com o pai, presente na cerimônia desta quinta. "Temos o mesmo nome, nascemos no mesmo dia, em horário semelhante, na mesma cidade. Estudei astrologia e numerologia para tentar entender."

Barrichello, que se orgulha de ser brasileiro, não há prazo para parar de correr. "[Será no] O dia que eu me sentir lento. Mas penso que está longe." Sua forma controlada de gastar dinheiro permite-lhe projetar uma vida tranquila. "Nunca sonhei em ser rico. Por isso sou conservador. Tenho uma irmã que é competentíssima para cuidar dos meus investimentos." O piloto brasileiro recebeu uma mensagem por celular de Michael Schumacher pedindo desculpas pela fechada perigosa na Hungria e parabenizando pela marca histórica.

Ao vivo

Treino livre do GP da Bélgica, às 9 horas e às 6 horas (de amanhã), no SporTV.

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