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O carro do brasileiro Rubens Barrichello acelera à frente da Ferrari de Kimi Raikkonen: “performance fantástica”, diz Ross Brawn | Rafa Rivas/AFP
O carro do brasileiro Rubens Barrichello acelera à frente da Ferrari de Kimi Raikkonen: “performance fantástica”, diz Ross Brawn| Foto: Rafa Rivas/AFP

Valência - Ross Brawn, sócio da Brawn GP e responsável por chamar Rubens Barrichello para ser seu piloto, em novembro, desfilou elogios ontem. "Rubens teve performance sensacional, fantástica. Deu tudo nos mo­­mentos precisos e conseguiu abrir as diferenças de tempo que lhe deram a vitória."

Em outras ocasiões, Brawn cumprimentou Rubinho pelo trabalho nas classificações, mas nem tanto por seu desempenho em corrida. "Hoje (domingo) foi diferente, Ru­­bens esteve perfeito."

O que mais chama a atenção da maioria dos profissionais da Fór­­mula 1 é o fato de Rubinho ter 37 anos, estar na sua 17.ª temporada, ter disputado 279 GPs e, mesmo as­­­sim, ainda vencer. "Com tudo isso e uma situação financeira estável, como a dele, seria natural não de­­­monstrar mais tanto entusiasmo. Mas Rubens une essa experiência com uma paixão impressionante pela Fórmula 1. Permanecerá na com­­­petição em 2010", afirmou Nick Fry, sócio e diretor da Brawn GP, sugerindo que poderá renovar seu contrato.

Jock Clear é o engenheiro de Rubinho. Trabalhou com Jacques Villeneuve, campeão do mundo de 1997, com a Williams, toda a sua carreira na Fórmula 1. "Precisávamos dessa vitória", disse o inglês. "Minha última foi com Jacques, em 1997 (GP de Luxemburgo, em Nurburgring), fazia tempo."

Como Ross Brawn, sócio e diretor-técnico da Brawn GP, Clear afirma que mesmo sem os problemas de Lewis Hamilton, no seu segundo pit stop, Rubinho o teria ultrapassado na parada de box. "Rubens conseguia abrir volta a volta, seria apertado, claro, mas sairia na frente", explicou. E completou: "Rubens esteve fantástico todo o fim de semana. Fiquei impressionado com o que fez na classificação, com muito mais gasolina que Hamilton (9,5 quilos), quase conquista a pole."

Jo Ramirez, ex-coordenador de várias grandes equipes, visitou a Fórmula 1 ontem. "O que me chama a atenção é que Rubens permaneceu muito tempo ausente das vitórias e demonstrou hoje (ontem) ser ainda capaz de conquistá-las." Esse recorde ainda pertence a Riccardo Patrese, que em 1983, com Brabham, foi primeiro no GP da África do Sul e depois em 1990, no GP de San Marino, portanto sete anos mais tarde, ganhou de novo. Rubinho ficou cinco anos longe das vitórias.

O feito de Rubinho foi ignorado por Michael Schumacher. "Estou muito contente por Ross Brawn", resumiu o alemão.

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