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Mano ignora sombra de Scolari

Folhapress

O fato de Luiz Felipe Scolari estar desempregado não incomoda o técnico da seleção brasileira, Mano Menezes. Ontem, em entrevista em Goiânia, Ma­­no deixou claro que não se sente ameaçado.

"Não me sinto mais nem menos pressionado. Tenho respeito por todos os técnicos", de­­clarou. "O episódio [a saída de Scolari do Palmeiras] só enriquece a experiência que temos. Somos todos muito parecidos, perdemos, ganhamos, somos demitidos, contratados."

Mano Menezes voltou a afirmar que seu trabalho está no caminho certo. "A gente está a passos firmes, às vezes não tão grandes e não tão velozes, mas estamos trabalhando."

Nos últimos dois jogos, ambos no Brasil, Mano viu reações contrastantes da torcida. Em São Paulo, críticas desde os primeiros minutos da vitória magra sobre a África do Sul, com muita vaia durante a partida. No Recife, a seleção goleou a China, a torcida aplaudiu e gritou olé.

Para o treinador, as reações do torcedor não podem guiar ou modificar o trabalho.

Contra a falta de treinamento, nada melhor do que aproveitar o entrosamento de um punhado de jogadores que atuam juntos no Brasil. Essa foi a estratégia que o técnico Mano Menezes encontrou para enfrentar a Argentina, nesta quarta (19), às 22 horas, no Estádio Serra Dourada, em Goiânia, no primeiro confronto do Superclássico das Américas.

Do meio de campo para a frente, a base da seleção brasileira será formada por atletas do Corinthians, do São Paulo e, claro, por Neymar, em um desenho tático ofensivo, formando um trio de atacantes. Outra sacada de Mano Menezes: confrontos contra um rival como o desta quarta requerem jogadores tarimbados. Não por acaso o centroavante Luís Fabiano, cotado para ser o capitão, será titular no seu primeiro jogo após a Copa de 2010.

Luís Fabiano está para esta seleção o que foi Ronaldinho Gaúcho na primeira edição do Superclássico, em 2011, a série de dois duelos contra a Argentina na qual as se­­leções não podem escalar atletas do futebol europeu. Mano Menezes se mostrou preocupado com o excesso de juventude do time brasileiro e disse só não convocou o atleta do São Paulo antes porque ele ficou um bom tempo machucado.

"O Luís Fabiano está de volta por esse critério. Já tentamos com outros jogadores e teremos mais para frente outros jogadores", afirmou o treinador, dando a entender que outros atletas rodados podem ser resgatados para dar a base de sustentação ao time que vai disputar a Copa de 2014 – caso, por exemplo, de Kaká.

O período de treino da seleção foi curto em Goiânia. Um dia de piscina e outro de treino com bola. Mas nada de excepcional. "Vamos fazer um treino tático de uns 30 minutos e uma oração para que tudo dê certo e vamos para o jogo", disse o treinador, momentos antes de levar os jogadores ao Serra Dourada.

Quando montou o time, Mano Menezes fez o básico. Chamou Ralf e Paulinho, motores do Corinthians cam­­pe­ão da América, e os escalou ao lado de Jadson, tão são-paulino quanto Lucas e Luís Fabiano. A eles se juntou Neymar.

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