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A escalação do Rubro-Negro para a partida contra o Paraná, pela Sul-Americana, trouxe um dado importante sobre o momento que vive o clube. Contrariando a recente história do Atlético, que se notabilizou pela revelação de jogadores, o time atual depende quase exclusivamente de atletas vindos de fora.

Dos 11 que iniciaram o clássico – vencido por 3 a 1, no Pinheirão –, apenas o goleiro Cléber foi revelado pelo Furacão. Muito pouco para quem, não faz muito tempo, formou jogadores como Kléberson, Fernandinho, Jádson e Dagoberto.

Coincidentemente, a situação chegou ao ápice com a chegada de Vadão. O treinador assumiu o Rubro-Negro há pouco mais de um mês. E de lá para cá, por motivos variados, pouco a pouco os pratas da casa foram deixando a equipe.

O primeiro a perder espaço foi Pedro Oldoni. O atacante, que tem a carreira gerenciada pela Massa Sports, mesmo ainda sendo o goleador da equipe no Brasileiro, com seis gols, foi mandado de volta para os juniores, com a desculpa de que precisava treinar fundamentos. O jogaria estaria, até, negociando transferência para o Sport, time de Givanildo Oliveira.

Dagoberto, ligado à mesma empresa, fez caminho inverso. Retornou à equipe justamente na estréia de Vadão, contra o Flamengo, mas duas partidas depois foi expulso contra o Grêmio. Não voltou mais. Espera uma solução para seu litígio com o clube.

A mesma partida também marcou a despedida de outros dois jogadores com raízes no CT do Caju: Alex e Evandro. Os dois saíram por motivos de lesão, mas o sinal do desprestígio dos dois está no fato de que não foram nem inscritos para a Copa Sul-Americana.

Muito criticado pelo torcedor, a saída do lateral-esquerdo Ivan não necessitou de argumentos. A troca foi pura e simples, com a entrada do recém-contratado Michel.

A última "baixa" foi Alan Bahia. O antes capitão da equipe acabou, com Vadão, amargando o banco de reservas no jogo contra o Paraná e, pelo visto, deve continuar por lá mais algum tempo.

Mesmo sem a mudança parecer premeditada, nesse período o treinador atleticano acabou indo de encontro à estratégia usada pela maioria do treinadores que chegam a clubes em situações desesperadoras, a de utilizar os garotos – o maior exemplo disso é o Palmeiras de Tite.

E, ao menos até agora, a ação ainda não surtiu um grande efeito. Se na Sul-Americana o clube está próximo de avançar, no Brasileiro a equipe continua muito irregular. Ocupa apenas a 12.ª colocação e está a apenas três pontos da zona de rebaixamento. Quando Vadão assumiu, o Atlético era o 14.º.

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