Ambiente
Card do UFC 152 tem título inédito; Curitiba abriga torneio paralelo
Além do duelo entre Jones e Belfort, o UFC 152 tem duas outras grandes atrações na madrugada deste domingo: a inédita disputa de cinturão da categoria mosca (até 57 kg), entre os americanos Joseph Benavidez e Demetrious Johnson, e a luta entre os médios (até 84 kg) Brian Stann e o inglês Michael Bisping, que pode definir o próximo rival de Anderson Silva. Os brasileiros Vinny Magalhães e Charles Do Bronx Oliveira também participam do evento em Toronto.
Enquanto isso, em Curitiba, o Power Fight Extreme chega à sua oitava edição hoje, a partir das 18 h, no Ginásio do Paraná Clube. Ao todo, serão dez lutas, com destaque para os duelos Rodrigo Cavalheiro x Diego Gasparetto e Goiti Yamauchi x Gustavo Wurlizter. Para quem doar 1 kg de alimento não perecível, o ingresso antecipado custa R$ 25 (arquibancada) e R$ 50 (cadeiras vip).
Fevereiro de 1997. O peso pesado Vitor Belfort, então com 19 anos, vence dois combates na mesma noite e se torna o mais jovem campeão da história do UFC. Por causa de suas mãos rápidas e potentes, foi chamado de Fenômeno.
Janeiro de 2004. Já reconhecido como grande lutador, o carioca atinge o auge da carreira ao conquistar mais um cinturão da organização, desta vez entre os meio-pesados.
Setembro de 2012. Agora um leão velho, como o próprio se descreve, o brasileiro recebe oportunidade única de voltar no tempo. Na madrugada deste domingo (por volta de 1 h), contra o americano Jon Jones novo fenômeno das lutas , em Toronto, no Canadá, ele representa o passado do MMA em um choque direto contra o símbolo do futuro do esporte.
"Estou lutando contra a nova geração. Ele é o campeão, eu sou apenas um leão velho, faminto por essa oportunidade", disse Belfort no vídeo de apresentação do UFC 152. "Não sei o que Jones estava fazendo quando fui campeão. Na escola, talvez", alfinetou.
Enfrentar o "leão novo", no entanto, estava longe dos planos do brasileiro. A chance só apareceu por uma combinação de fatores. Primeiro, sorte. Depois, atitude e bom relacionamento com a cúpula do UFC.
Inicialmente, o duelo pelo cinturão da categoria até 93 kg seria contra o veterano Dan Henderson, no dia 1.º de setembro, mas uma lesão no joelho tirou o americano de combate. Na sequência, os brasileiros Lyoto Machida e Maurício Shogun Rua, que seriam os próximos candidatos ao título, recusaram subir no octógono com pouco tempo de preparação. Quando o falastrão Chael Sonnen se ofereceu para o duelo, foi a vez de Jones recusar, obrigando o UFC a cancelar um evento pela primeira vez na história.
Foi aí que o senso de oportunidade de Belfort não falhou. Sabedor de que teria um longo caminho para encarar Anderson Silva novamente, após o nocaute que sofreu no ano passado, se colocou à disposição para subir de divisão e disputar mais um cinturão. Provavelmente, a última chance, já que é cotado como um dos maiores azarões da história do MMA. Mas o que um leão velho tem a perder?
Para Jones, que em março do ano passado, aos 23 anos, se tornou o segundo campeão mais jovem do UFC, a responsabilidade é de provar a superioridade de sua geração. "Ele vem de uma era de lutadores unidimensionais. Vitor tinha velocidade nas mãos, socos fortes, e também tinha uma faixa preta em jiu-jítsu. Ele tinha dois estilos de artes marciais enquanto a maioria tinha só um. Agora, nessa geração, ele vai lutar com o melhor em todas as artes. E esse sou eu", promete Jones, que vai para sua quarta defesa de título, todas contra ex-campeões.
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