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A contabilidade do Cam­peonato Paranaense de 2012 projetou um cenário de muitas dúvidas para os clubes no próximo ano: 46% dos jogos deram prejuízo ao dono da casa. Salvo o Arapongas, que fechou as 12 partidas no azul – incluindo a final do interior –, todos os outros registraram pelo menos um borderô com déficit. O recordista negativo foi o Corinthians, que não viu o Ecoestádio sair no lucro neste ano.

O problema é que, se for mantida a tendência do Estadual, as receitas devem cair ainda mais. Na comparação com 2011 houve um aumento de 18% na quantidade de duelos no vermelho. A temporada passada acumulou 28% de jogos com o sinal de negativo na frente – 34 das 123 partidas. Se a linha for mantida, 2013 não trará bons frutos aos cofres das equipes.

Essa incômoda tendência só é capaz de ser anulada se os estádios tiverem o mínimo de público que pague todas as contas. E não é pouca coisa que os clubes são obrigados a pagar. Tem de tudo. Despesas com arbitragem, seguro, energia elétrica, pessoal e, claro, com a Federação Paranaense de Futebol.

"A renda que temos não dá para pagar a premiação em caso de vitória e às vezes nem mesmo a arbitragem. Estamos devendo para a Federação e estamos tentando pagar o que ficou do começo do ano", assume o diretor de futebol do Paranavaí, Lourival Furquim. O Vermelhinho, aliás, contabilizou prejuízo em 8 dos 11 jogos.

Nem mesmo a dupla Atletiba saiu ilesa. O Atlético, que peregrinou pelo Germano Krüger (Ponta Grossa), Ecoestádio e Vila Capanema, somou cinco partidas no vermelho. O Coritiba teve três na conta. No caso dos times da capital, o que falta é o interesse da torcida e dos próprios clubes na disputa regional – não à toa, ambos vão começar o Paranaense de 2013 com equipes sub-23.

Quem não tem nada com isso é o Arapongas. Esse sim tem o que comemorar, afinal foi a única agremiação que teve lucro em todos os confrontos no Estádio dos Pássaros. "Nós estamos tentando melhorar a cada ano as condições do estádio para oferecer mais conforto para o público. Queremos elevar o público e a renda com promoções e atrações nos dias de jogo", comenta o diretor de futebol do Arapongas, Sidiclei Menezes.

Um caminho já utilizado por Atlético e Coritiba é ter planos de sócios, que mesmo fechando os jogos no vermelho, têm uma renda fixa durante todo o ano. No interior, porém, as dificuldades são maiores para ter associados. O que acaba valendo é a bilheteria. "Sabemos dos obstáculos por não termos um calendário anual definido. Isso atrapalha o torcedor, que acaba não pagando o ano inteiro", lamenta Menezes.

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