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"Só o jogador medíocre solta a bola de primeira. O craque, o virtuose, o estilista, prende a bola. Sim, ele cultiva a bola como uma orquídea de luxo." (Nelson Rodrigues).

O prêmio Bola de Ouro é o mais famoso do futebol mundial e foi cooptado pela Fifa após anos de sucesso como exclusividade da revista francesa que o criou: a France Football, que se tornou parceira da Fifa na escolha dos melhores jogadores em atividade.

Aqui vai uma informação histórica para quem não sabe: foi a France Football que nomeou Pelé o "Atleta do Século" em uma visita do rei do futebol a Paris em companhia do dirigente Mozart Di Giorggio, da antiga CBD e do empresário Elias Zacour, que promovia excursões de times brasileiros para o exterior – entre eles Coritiba e Colorado, como parte do pacote para eleger João Havelange presidente da Fifa, em 1974.

A Bola de Ouro é respeitada, ao contrário da escolha feita pelos olheiros da Fifa para o melhor jogador das Copas. Rivaldo foi injustiçado ao perder o título de craque da Copa de 2002, pois na véspera da final foi indicado o alemão Oliver Kahn, que falhou nos dois gols do Brasil. Em 2010 o craque escolhido foi Fórlan, do Uruguai, e até agora os espanhóis Xavi e Iniesta não entenderam nada.

Entre os candidatos a melhor do mundo está Neymar, do Santos, pela segunda vez, mas os favoritos continuam sendo Messi, do Barcelona, e Cristiano Ronaldo, do Real Madrid. Trata-se de uma vitória pessoal de Neymar, afinal é raro o espaço para jogadores que defendem clubes fora da Europa.

E isso não significa que o futebol brasileiro esteja de bola cheia, afinal existem dezenas de cronistas que ainda pedem a convocação para a seleção de Ronaldinho Gaúcho, Fred ou Luís Fabiano. Ora, ora, são jogadores importantes em suas equipes, mas sem pegada para a excelência do futebol praticado nos confrontos entre seleções.

Outra coisa chata é a insistência com jogadores úteis nos times, porém sem credenciais técnicas para a seleção, como Sandro, Lucas Leiva, Arouca e outros.

No passado, tivemos verdadeiros craques nos times, como Dirceu Lopes e Ademir da Guia, por exemplo, mas que, inexplicavelmente, não deslanchavam vestindo a camisa canarinho. Outro caso curioso foi o de Alex, agora no Coritiba, que brilhava nos times, mas era um sono na seleção.

Devemos prestar atenção na recuperação de Kaká, no amadurecimento de Neymar, Oscar e Lucas, além de torcermos pela definitiva decolagem de Bernard, Wellington Nem e Romarinho, as revelações do atual Brasileiro. Mano Menezes tem resistido bem ao assédio de setores da mídia e começa a emitir sinais de que tem uma formação básica definida, a qual poderá ser bem-sucedida no desafio da Copa das Confederações, ano que vem.

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