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Quem acompanhou a apresentação de Paulo Afonso Bonamigo, 45 anos, ontem, no CT da Graciosa, poderia jurar que a ligação do técnico com o Coritiba nunca terminou. Bona só não é o mesmo de 2003, quando conquistou o Paranaense de forma invicta e a segunda classificação na história do clube para a Libertadores, por causa dos cabelos brancos.

Os fios grisalhos acusam a experiência de quem rodou por Atlético-MG, Botafogo, Palmeiras e Marítimo-POR nos três últimos anos em busca do reconhecimento. O sucesso, porém, não foi o mesmo dos tempos de Alto da Glória.

O jeito foi voltar e reiniciar a caminhada do ponto de partida. "Não tinha como dizer não ao terceiro convite do presidente", afirmou o treinador, referindo-se aos seguidos nãos que se viu obrigado a dar a Giovani Gionédis no período. Todos porque os clubes em que trabalhava (Botafogo e Marítimo) não aceitaram liberá-lo.

O começar de novo de Bonamigo é também o recomeço do Alviverde. Para não manchar o currículo que conta com 90 jogos, 46 vitórias, 19 empates e 25 derrotas (aproveitamento de 58%) pelo Coxa e reverter a fracassada trajetória de Márcio Araújo e Estevam Soares, o gaúcho de Ijuí se apega ao exemplo de 2003. "Um time vitorioso sempre marca", disse ele, durante a concorrida entrevista coletiva de ontem. Acompanhe os principais trechos:

Em sua primeira passagem pelo Coritiba, você classificou o time para a Libertadores. O desafio agora é outro. Está preparado para reconduzi-lo à Série A?Paulo Bonamigo – Estou feliz por retornar. Estava disponível e não tinha como recusar o terceiro convite do presidente. É uma nova missão. Estou motivado e energizado para repetir o bom trabalho. A única verdade no futebol é vencer. Precisamos tirar o fardo desse time e fazê-lo jogar com alegria e personalidade.

Você acertou o contrato na segunda-feira e já comandou o treino de terça de manhã, antes da apresentação. Qual foi a primeira providência que tomou?Sentir e conhecer o grupo. Alguns atletas que estão despontando hoje eram juvenis na minha época. O trabalho agora é focar na grandeza do Coritiba, que caiu, mas tem todas as condições de subir.

Pediu alguma contratação?Sempre há um remanejamento. Numa competição a longo prazo você sempre tem carências. Como tenho pouco tempo antes da Copa, cinco jogos, temos de procurar a objetividade, dar continuidade ao trabalho e pontuar o máximo possível. Na Série B o time precisa ser regular, constante.

O Jackson era um dos destaques da equipe de 2003 e agora vem sofrendo cobranças da torcida. O que fazer para recuperá-lo?Passar tranqüilidade e motivação. Quando troca o treinador, o trabalho recomeça para todo mundo.

Aquele time serve de inspiração?Toda equipe vitoriosa marca. Não dá para resgatar o mesmo time, até porque os jogadores são diferentes. Mas a filosofia é a mesma, baseada na superação dos limites e na vontade de vencer. Com técnica e garra.

Se arrepende por não ter voltado antes ao Coxa?Nunca me arrependo do que faço. Nas outras situações eu optei por não largar um projeto. Desta vez eu estava disponível. Acredito no projeto do Giovani e por isso resolvi participar efetivamente. Quero comandar uma equipe que dará muitas alegrias aos coxas-brancas.

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