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Técnico Luis Tarallo vê reprise de problemas | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Técnico Luis Tarallo vê reprise de problemas| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Quatro partidas e quatro derrotas. Eliminado logo na fase classificatória, ao ser batido pelo Canadá, por 79 a 73, ontem, restou ao Brasil uma missão inglória em Londres. Não ir para casa com a pior campanha da história do basquete feminino em uma Olimpíada.

Nos Jogos de Pequim, em 2008, a equipe verde e amarela terminou em 11.º lugar entre as 12 participantes. Perdeu para Coreia, Austrália, Letônia e Rússia. Mas com a passagem de volta já marcada, venceu a Bielorrússia. Só Mali foi pior.

Desta vez, os fracassos aconteceram diante da França, Rússia, Austrália e Canadá, quando um triunfo manteria o time vivo na disputa. Agora, para não engrossar o vexame, as meninas terão de superar a Grã-Bretanha, amanhã, às 18h15.

"Eu sou brasileira, estou sentida, estou muito triste. Tenho um filho no Brasil e queria voltar com uma medalha. Sei que a de ouro seria difícil, mas poderíamos conquistar uma. Treinamos três meses e não vim aqui para passear", desabafou a ala Joice.

Desfecho melancólico e previsível. Após o insucesso com a Austrália, algumas atletas afirmaram que, simplesmente, não sabiam o que fazer para salvar a equipe no torneio. E foi o que se percebeu no compromisso de ontem.

Mesmo diante de um oponente fraco – derrotado com fáceis 78 a 53 em Guadalajara, no Pan-Americano do México, ano passado – o Brasil esteve apenas uma vez na frente do placar durante todo o jogo.

Após a eliminação, a entrevista do técnico Luis Tarallo revelou muito sobre o momento difícil do basquete feminino nacional. O paulista comanda a seleção apenas desde o final do ano passado. No entanto, repetiu o mesmo discurso do vexame anterior, na Olimpíada de Pequim. Quatro anos se passaram e nada mudou.

Depois do 11.º lugar na China, o então treinador Paulo Bassul diagnosticou: "Este time precisa de tempo. Estamos em um continente onde você não joga em alto nível. Se executar o que precisa, elas estarão no nível da Austrália e da Rússia. Vão chegar bem melhor no mundial de 2010 e prontas para Londres, em 2012".

Ontem, Tarallo fez reclamações idênticas. "Estou fazendo um trabalho de renovação. É preciso ter uma sequência, algumas jogadoras estão encerrando os seus ciclos. Estamos buscando um intercâmbio, jogar com equipes de alto nível", avaliou. Segundo o treinador, o foco está volta­­do para os Jogos do Rio de Janeiro, em 2016.

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