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O árbitro Victor Camillo exibe o cartão vermelho para o zagueiro Miranda: torcida e Dunga absolveram o paranaense e criticaram o juiz da partida | Fotos: Nelson Almeida/AFP
O árbitro Victor Camillo exibe o cartão vermelho para o zagueiro Miranda: torcida e Dunga absolveram o paranaense e criticaram o juiz da partida| Foto: Fotos: Nelson Almeida/AFP

Futuro

Calendário com três jogos pré-Copa

Agência Estado

Campo Grande - Dunga terá mais duas ou três partidas para fazer suas últimas observações antes de fechar definitivamente a lista de 23 jogadores que vão ao Mundial da África do Sul. Até agora, está confirmado apenas o amistoso da seleção contra a In­­glaterra, no dia 14 de novembro, em Doha, no Catar. Mas deve encarar outro adversário quatro dias depois, na segunda data reservada pela Fifa para os jogos da repescagem para a Copa.

Nestes dois amistosos, Dunga já adiantou que não con­­vo­­cará jogadores que atuam no Brasil porque o Campeonato Brasileiro estará no fim e ele não quer prejudicar os clubes.

Depois, a seleção fará somente mais um jogo antes da convocação final para a Copa, prevista para 16 de maio. Esse amistoso acontecerá no dia 3 de março, ainda sem um adversário definido.

No sufoco

O atacante Pavon é um dos heróis da classificação de Honduras à Copa de 2010. Foi dele o gol da vitória por 1 a 0 sobre El Salvador, ontem, na casa do adversário. O outro herói é Bornstein, zagueiro que fez o gol de empate dos Estados Unidos com a Costa Rica, aos 49 do segundo tempo. A seleção de René Simões abriu 2 a 0 no primeiro tempo, com gols de Ruiz. Bradley descontou para os americanos, René foi expulso aos 45 e, aos 49, Bornestei fez o gol que jogou Costa Rica na repescagem pelo saldo de gols.

Campo Grande - Capitão do tetracampeonato mundial em 1994, Dunga recorreu a uma frase famosa do técnico daquela campanha, Carlos Al­­­berto Parreira, para explicar o 0 a 0 do Brasil com a Venezuela, on­­­tem, em Campo Grande, no en­­­cerra­­mento das Eliminatórias Sul-Ame­­ricanas.

"Criamos chances, mas faltou o detalhe, que é o gol", disse o treinador, que ainda explicou o em­­pate pelo fato de sua equipe não conseguido marcar o primeiro gol logo. "Aí você abre o time de­­les."

A péssima atuação resultou na primeira vez em que o antigo saco de pancadas da região não perdeu para o Brasil em jogos oficiais. Em casa, o time nacional sempre havia antes marcado pe­­lo menos três gols contra a "vinotinto".

Também acentuou a dificuldade da seleção brasileira contra equipes de menor expressão. Con­­tra Peru, Bolívia, Colômbia e Vene­­zuela, que entraram na última ro­­dada já eliminados ou com chances absolutamente remotas de classificação, o time de Dunga teve aproveitamento de apenas 46% e média de 1,12 gol marcado por partida.

Já contra Paraguai, Chile, Ar­­gentina, Uruguai e Equador, que ontem já estavam classificados ou ainda na disputa por uma va­­ga na África do Sul, o time nacional ga­­nhou 77% dos pontos disputados no classificatório e balançou as re­­des, em média, 2,40 vezes a cada jogo.

O treinador, porém, recusou-se a aceitar a maior eficiência do Bra­­sil jogando nos contra-ataques. "Nós não jogamos no contra-ataque. Jogamos como todos os outros times do mundo. Roubamos a bola e partimos para a frente", falou ele, que até viu um lado positivo no tropeço.

"Mesmo quando o Brasil não jogava bem, o público aplaudia. Ficamos com a sensação de que era para ter feito algo a mais pelos torcedores. Por outro lado, foi bom não fazer 4 ou 5 e sair com festa das eliminatórias. Vamos aos poucos, com os pés na terra", comentou.

As experiências feitas pelo treinador não deram certo. O estreante Filipe Luís pouco fazia na lateral esquerda, a ponto de ser vaiado após um erro no segundo tempo.

Escalados desde o início juntos pela primeira vez, Luis Fabiano e Nilmar não se entendiam. O primeiro dava até sinais de nervosismo, e com o amarelo que levou ter­­minou as Eliminatórias como o mais indisciplinado brasileiro – três amarelos e um vermelho.

As duas melhores chances da equipe foram bolas na trave no segundo tempo. A primeira com Gilberto Silva, aos 7 minutos; a outra, aos 46, em um chute de Ka­­ká. Entre aos duas oportunidades, aos 12 minutos, a equipe teve Mi­­randa expulso por jogada violenta.

Apesar do tropeço em casa, a seleção acabou com o título simbólico das Eliminatórias Sul-Ameri­ca­­nas, graças a derrota do Paraguai para a Colômbia, em Assunção, por 2 a 0.

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Veja ficha técnica do jogo Brasil X Venezuela

Em Campo Grande

Brasil

Júlio Cesar; Maicon, Luisão, Miranda e Filipe Luís (Alex); Gilberto Silva, Lucas, Ramires (Elano) e Kaká; Nilmar e Luís Fabiano (Diego Tardelli).

Técnico: Dunga.

Venezuela

Vega; Chacón, Vizcarrondo, Rey e Granados; Di Giorgi, Rincón (Seijas), Lucena e Arango (Fedor); Maldonado e Moreno (Rondón).

Técnico: Cesar Farias. Estádio: Pedro Pedrossian. Árbitro: Victor Carrillo (Fifa-Peru). Amarelos: Luís Fabiano e Luisão (B); Chacón, Vizcarrondo, Di Giorgi, Granados e Seijas (V). Vermelho: Miranda (B). Renda: R$ 2.562.925,00. Público: 23.746 pagantes.

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É logo ali

Agora, já são 23 seleções classificadas para o Mundial da África do Sul.

- América do Sul – Brasil, Paraguai, Chile e Argentina.

- Concacaf – Estados Unidos, México e Honduras.

- Europa - Dinamarca, Suíça, Eslováquia, Alemanha, Espanha, Inglaterra, Sérvia, Itália e Holanda.

- África – África do Sul (país-sede), Gana e Costa do Marfim (restam três vagas diretas).

- Ásia – Coreia do Norte, Coreia do Sul, Austrália e Japão.

- Repescagem das Américas – Uruguai x Costa Rica.

- Repescagem europeia – Portugal, Grécia, Eslovênia, Rússia, Bósnia, Ucrânia, França e Irlanda (a ordem dos duelos será decidida por sorteio).

- Repescagem Ásia/ Oceania – Bahrein x Nova Zelândia.

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