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Joseph Blatter se empolgou com a qualidade técnica da Copa das Confederações, mas Fifa criticou problemas estruturais | Sergio Moraes/Reuters
Joseph Blatter se empolgou com a qualidade técnica da Copa das Confederações, mas Fifa criticou problemas estruturais| Foto: Sergio Moraes/Reuters

Cambista

O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, foi surpreendido ontem com a denúncia feita pela imprensa de que um segurança credenciado estaria vendendo ingressos de cortesia para jogos da Copa das Confederações. Antes mesmo de se inteirar dos fatos, durante a concorrida coletiva realizada no Maracanã, adiantou que se fosse um funcionário da Fifa estaria demitido. Após olhar as imagens gravadas pelo SBT, disse que o homem seria funcionário subordinado ao Comitê Organizador Local (COL) e que as providências seriam analisadas. O presidente da CBF, José Maria Marín, também requisitou a gravação.

Nota 7. Suficiente para aprovar a Copa das Confederações organizada pelo Brasil, mas inferior aos 7,5 recebidos pela África do Sul, há quatro anos. Segundo o uruguaio Eugênio Figueiredo, presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), esse dado foi divulgado ontem pela Fifa em uma reunião com o Comitê Organizador Local.

"Avaliamos que o Brasil receberia nota 7 de 10 se a Copa fosse hoje. Não podemos abaixar os braços. Estamos no caminho certo e a Copa das Confederações foi muito boa. Mas temos um ano de trabalho pela frente e um ano passa muito rápido", afirmou o dirigente, um dos integrantes do Comitê Executivo da Fifa.

O balanço final com os erros e acertos será tornado público apenas na próxima semana. Mas, no discurso oficial, o país foi aprovado. "O Brasil passou no teste. Isso, aliás, foi muito mais do que um teste. Foi a Copa dos Campeões", disse o presidente da entidade internacional, Joseph Blatter, empolgado com a qualidade técnica das partidas. "É o melhor torneio Copa das Confederações que já organizamos. Houve partidas atrativas, de alta tensão", enalteceu, ao falar sobre o evento-teste da Copa do Mundo de 2014.

Blatter procurou ainda mostrar grande otimismo ao falar do futuro. Segundo ele, mesmo tendo sido um dos alvos dos protestos que se espalharam pelo país, a Fifa sai fortalecida da competição. Ele declarou que entende a mobilização população brasileira, mas ressaltou que não considera justas as reclamações contra a entidade máxima do futebol. Disse que a Fifa está no Brasil para "ajudar". Relembrou também que todas as exigências da entidade para a Copa das Confederações e Copa do Mundo eram conhecidas em 2007, quando o Brasil ganhou o direito de sediar os eventos.

Presente na coletiva, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, tentou desvincular os protestos da realização da Copa das Confederações. Para isso, citou São Paulo, um dos primeiros palcos das passeatas e por onde a competição não passou.

Mas a ajuda que o país tanto esperava como sede dos dois torneios, ainda mais após o governo confirmar o salto para R$ 28 bilhões nos gastos com o Mundial, não deve ser suficiente na área de infraestrutura. O alerta foi feito pelo próprio secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke. "Não haverá tempo hábil para, em um ano até a Copa do Mundo, o Brasil passar por uma ‘revolução’ no que se refere à infraestrutura", disse, em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo.

Valcke adiantou que pelo menos dois pontos merecem ser revistos. A questão de ingressos e logística e deslocamento, esses últimos ressaltados pelas próprias seleções participantes. "Tivemos problemas, foram pequenos, mas tivemos problemas. Numa Copa das Confederações isso não é um obstáculo grande. Mas na Copa do Mundo pode ser um problema bem maior", alertou.

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