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Vídeo:| Foto: Reprodução RPC TV

Dunga decidiu mudar. No visual, trocou as roupas espalhafatosas pela discrição. Com uma camisa azul sem estampa e a jaqueta da seleção brasileira por cima, o técnico arriscou também dar novos rumos à equipe. Escalou uma formação ofensiva, bastante leve, contra o Chile, em amistoso em Gotemburgo, na Suécia, já pensando em um esquema para defender o título da Copa América – entre 26 de junho e 15 de julho, na Venezuela. O time goleou por 4 a 0, não levou sustos na defesa, mas também não brilhou. Mostrou, porém, que pode engrenar.

A grande atração do duelo no Nya Ullevi Stadion, onde Pelé e Garrincha fizeram seu primeiro jogo juntos com a camisa canarinho, em 1958, foi a união de três nomes que são sinônimo de habilidade. Robinho, Ronaldinho Gaúcho e Kaká entraram como titulares diante dos chilenos. Os dois últimos, inclusive, não dividiam espaço na seleção do Brasil desde o fracasso na Copa do Mundo.

A nova formação tinha como intuito dar mais velocidade e força ofensiva ao time, que com a entrada das estrelas viu o meia Elano, xodó de Dunga, ser recuado para a função de segundo volante. Assim, o único marcador nato da meia-cancha canarinho no início do confronto era Gilberto Silva. O arrojo do capitão do tetra resultou em lampejos de criatividade, mas na maior parte do tempo a marcação dura e apertada do Chile surtiu efeito. A equipe verde-amarela errou muitos passes e teve dificuldades em escapar do cerco adversário.

Para abrir o placar, o Brasil contou com pênalti marcado pelo árbitro Bertil Loow em empurrão após cobrança de escanteio. Ronaldinho Gaúcho, agora sem o peso da camisa 10, já que assumiu a número 7, cobrou com perfeição aos 15 minutos. Há um ano e nove meses, desde a final da Copa das Confederações de 2005, contra a Argentina, ele não marcava com a camisa amarela. Kaká (30’) ampliou concluindo de primeira cruzamento de Daniel Alves, pela direita.

No segundo tempo, Mineiro entrou no lugar de Elano, voltando a seleção a ter dois volantes de contenção. Só que o técnico Nelson Acosta decidiu buscar o empate tirando um zagueiro e um volante para colocar um meia-atacante e um atacante. Dunga agradeceu. A marcação afrouxada garantiu mais espaço aos pentacampeões, que desenharam a goleada rapidamente.

De falta, Ronaldinho marcou outro logo aos 3 minutos. Antes, Robinho havia colocado a bola na trave em lindo lance de bicicleta. O domínio brasileiro seguia e Juan deixou o dele. Escanteio cobrado aos 14’, Ronaldinho tentou dominar e a bola sobrou para o zagueiro, que só empurrou para dentro. "O time se comportou bem. Quando todo mundo recompõe, fica fácil", atestou Dunga.

Na próxima terça-feira, o Brasil terá outro ensaio para a Copa América. Desta vez, o time reverá Gana, a quem venceu nas oitavas-de-final da Copa do Mundo por 3 a 0. O jogo será às 14h30 (Brasília) em Estocolmo.

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