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A chance de vingança está garantida. Se a França fosse eliminada ontem pela Espanha, o Brasil nunca mais enfrentaria os Bleus com Zidane em campo numa Copa. Mesmo às portas da aposentadoria, e visivelmente longe da condição física ostentada quando acabou com a seleção de Zagallo na final da Copa de 98, o craque comandou seu time na vitória por 3 a 1, que o colocará pela última vez diante dos brasileiros.

Depois de sofrer imensamente com o melhor momento da carreira do francês, tudo o que a torcida brasileira mais quer é vê-lo se aposentar no sábado, impotente diante da superioridade verde e amarela.

E parece ser o momento ideal para a revanche. A França é um time envelhecido, que cansa no segundo tempo e não tem reservas à altura – exceção a Trezeguet, que não é um dos preferidos do técnico Raymond Domenech.

Se o preparo físico e as opções de banco não são o forte do adversário do Brasil nas quartas-de-final, parece estranho que tenham conseguido despachar o jovem time da Fúria, de virada, justamente nos minutos finais.

Explica-se. Depois do primeiro tempo equilibrado terminar empatado por 1 a 1 – gols de Villa cobrando pênalti para a Espanha, Ribéry empatando para a França –, as substituições feitas pelo técnico Luis Aragonés e o maior vigor de seus jogadores deram o domínio da partida aos espanhóis.

Mas o jogo inteligente – e uma certa dose de técnica – deram a classificação aos franceses. Sem conseguir manter a posse de bola na frente, passaram a se defender bem e a apostar nos lançamentos para o solitário atacante Henry – na maioria das vezes pego em impedimento.

Foi assim que ele sofreu uma falta boba de Puyol. O cruzamento de Zidane, desviado pela defesa, encontrou Vieira entrando livre para virar o jogo aos 38 minutos e desesperar o adversário.

Aberta em busca do empate, a Espanha seria outra vítima do talento de Zidane. O gol nos acréscimos, que exigiu velocidade antes do corte no zagueiro e do chute no contrapé de Casillas, mostrou que ele ainda pode causar estragos.

Além de parar Zidane, a equipe de Parreira precisa tomar cuidado com Henry. Ele joga no meio dos dois zagueiros, exatamente onde havia um buraco no jogo contra Gana. Mas ao contrário dos africanos, o camisa 12 não é de desperdiçar chances na cara do gol.

Dificilmente o Brasil terá chances de contra-atacar como ontem. Diante da Espanha, a defesa francesa se comportou solidamente e só tomou um gol por causa do pênalti infantil feito por Thuram.

Em Hannover

ESPANHA 1Casillas; Sergio Ramos, Pablo Ibañez, Puyol e Pernía; Fábregas, Xabi Alonso e Xavi (Marcos Senna); Raúl (Luis García), Fernando Torres e David Villa (Joaquín). Técnico: Luis Aragonés.

FRANÇA 3Barthez; Sagnol, Thuram, Gallas e Abidal; Vieira, Makelele, Zidane, Malouda e Ribéry (Govou); Henry (Wiltord). Técnico: Raymond Domenech.

Estádio: AWD Arena.Árbitro: Roberto Rosetti (ITA).Gols: Villa (E), aos 28, e Ribéry (F), aos 41 do 1.º tempo; Vieira (F), aos 38, e Zidane (F), aos 4 do 2.º tempo.Amarelos: Puyol (E), Vieira, Zidane e Ribéry (F).

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