Era bernardinho - Campanha quase perfeita coroa time dos sonhos
Katowice O domínio brasileiro no vôlei masculino mundial parece não ter mais fim. Ontem, após ganhar da Rússia por 3 sets a 1, o Brasil conquistou o título da Liga Mundial pela 7.ª vez na história, sendo cinco seguidas está atrás apenas da Itália, campeã em oito edições.
Comandada pelo técnico Bernardinho desde 2001, a seleção masculina sempre chegou ao pódio, em 22 torneios disputados. Nesse período, além de seis títulos da Liga Mundial, o Brasil foi bicampeão mundial e campeão olímpico.
Dessa vez o Brasil fez uma campanha quase perfeita. Na primeira fase, quando os principais jogadores brasileiros ainda estavam em férias, foram 12 vitórias em 12 jogos. Depois, na fase final, já em Katowice e com o grupo completo, a seleção começou com derrota (3 a 2 para Bulgária), mas se recuperou ao vencer a própria Rússia, também por 3 a 1. Aí, já na semifinal, vitória brasileira sobre os donos da casa: 3 a 1 na Polônia. E, na decisão deste domingo, nova vitória sobre a Rússia.
A campanha também rendeu dois prêmios individuais. Gustavo foi eleito o melhor bloqueio da competição e o levantador Ricardinho ganhou a eleição de melhor jogador da Liga Mundial.
"Gostaria de parabenizar o técnico russo pelo excelente trabalho. Foi muito difícil superar a Rússia nessa final. Isso prova que temos que trabalhar cada vez mais para continuar no topo", disse o técnico Bernardinho. Os donos da casa adotaram a seleção na final, mas não tiveram a mesma sorte que os brasileiros. A Polônia perdeu o bronze para os EUA, por 3 sets a 1.
Katowice, Polônia A seleção brasileira masculina de vôlei mostrou ontem, mais uma vez, sua superioridade na modalidade. O time de Bernardinho derrotou a Rússia por 3 sets a 1, parciais de 18/25, 25/23, 28/26 e 25/22, e alcançou o sétimo título da Liga Mundial.
O título reforça ainda mais a superioridade da equipe nacional. Foi a quinta conquista seguida nesta competição. Sua última derrota em finais da Liga Mundial ocorreu em 2002, coincidentemente para a Rússia. Antes, o Brasil tinha vencido em 2001 e 1993.
Com esse triunfo, o Brasil se aproxima da Itália, ainda a maior vencedora de Ligas Mundiais, com oito conquistas. Em 2007, a seleção nacional teve uma campanha quase irretocável na competição. Foram 17 vitórias em 18 partidas. Seu único revés foi diante da Bulgária, na estréia da fase final da competição.
O Brasil não começou bem no primeiro set. A Rússia, escolada com a derrota para os brasileiros na primeira rodada da fase final, começou o jogo com o objetivo de anular o ataque da seleção brasileira. Volkov teve uma boa seqüência e abriu vantagem de três pontos. O Brasil resistiu o quanto pôde, mas cedeu a vitória na etapa inicial: 25 a 18 para a Rússia.
No segundo set, a seleção brasileira voltou errando bolas fáceis. Poltavsky deu muito trabalho ao Brasil, com ataques eficientes e saques certeiros. Porém, a garra brasileira entrou em quadra. Depois do segundo tempo técnico obrigatório, os comandados de Bernardinho imprimiram um ritmo forte ao jogo, com algumas mudanças de táticas, e conseguiram fechar o período por 25 a 23.
Terceiro período equilibrado. Poltavsky continuou dificultando a vida dos brasileiros. Mas uma modificação do técnico Bernardinho fez a diferença: Murilo entrou no lugar de Dante, que não estava rendendo, e mudou o volume de jogo. Assim, a seleção brasileira conseguiu fechar a etapa em 28 a 26.
No quarto set, o Brasil finalizou o jogo por 25 a 22 e sagrou-se heptacampeão da Liga Mundial.
A era Bernardinho é a mais vitoriosa do time masculino de vôlei. Entre outras conquistas, a seleção nacional soma dois títulos do Campeonato Mundial, uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Atenas-04 e a Copa do Mundo do Japão, em 2003. Seu próximo objetivo é os Jogos Pan-Americanos do Rio.
A equipe terá pouco tempo para comemorar seu mais novo feito. Dia 23 de julho, os comandados de Bernardinho farão sua estréia no Pan do Rio diante do Canadá, no ginásio do Maracanãzinho. Em Santo Domingo-03, a equipe nacional falhou e terminou em terceiro lugar.
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