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Königstein, Alemanha – Desde 1962, quando a seleção conquistou o bi no Chile, não se via um time experiente em Copas como o atual. Dos 11 titulares de Carlos Alberto Parreira, nove já disputaram o torneio da Fifa. Há 44 anos, todos os jogadores que enfrentaram o México na estréia (vitória por 2 a 0) tinham tarimba em Mundial.

Depois de levantar a taça sob o comando de Garrincha, o Brasil sempre optou pela mescla juventude e maturidade. Com base no primeiro jogo, em três edições (66, 94 e 98) a equipe contava com seis remanescentes de competições anteriores. A barreira do "meio-time de rodados" só foi derrubada agora.

Com base na escalação definida pelo técnico Carlos Alberto Parreira, apenas Juan (27 anos) e Adriano (24) não tiveram o sabor de participar do principal campeonato de futebol. São os novatos do time A brasileiro. Dida (32), Cafu (36), Lúcio (28), Roberto Carlos (33), Emerson (30), Zé Roberto (32), Kaká (24), Ronaldo (29) e Ronaldinho (26) já experimentaram esse sabor.

Diante desse quadro, o Brasil é hoje o 5.º grupo mais velho da Alemanha-2006 – com a média de 28,6 anos. Trinidad e Tobago (29,2), França (29,1), República Tcheca (29,1) e Itália (28,7) estão à frente.

"Nosso time tem bagagem. A maioria aqui já sabe a responsabilidade que tem pela frente", diz Ronaldinho Gaúcho. "Apesar disso, acho que mantivemos uma mescla vencedora de juventude e experiência", analisa o caçula Kaká, atleta que foi à edição de 2002 justamente para ganhar experiência.

A seleção parece ter procurado essa fórmula. Nas situações – com exceção em 66 – que o índice de reaproveitamento foi alto, Parreira (em 94) ou o coordenador Zagallo (98) estavam no comando. A convocação do goleiro Júlio César, como opção para 2010, confirma essa tese.

De acordo com o técnico, o fato de ter somente dois calouros não chega a ser um trunfo – muito menos motivo de preocupação com a média de idade elevada do time principal – sobretudo entre os marcadores. "A experiência conta muito no momento decisivo. Temos jogadores rodados, acostumados a decidir. Isso faz diferença", diz, repetidamente, o treinador.

Sobre um possível problema de adaptação da dupla estreante, Parreira foi ainda mais categórico. "O Juan joga há quatro ou cinco anos na Alemanha. Disputou Copa América, Confederações e até jogos da Eliminatória de 2002. E o Adriano, com a pouca idade que tem, está desde os 18 na Europa. Agora, claro que o Mundial dá um frio na barriga de todo mundo."

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