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A pivô Alessandra, de 37 anos, é a jogadora mais velha da seleção brasileira na República Tcheca. Vinte anos mais nova, Damiris é o símbolo da renovação que começa a ser implantada na equipe nacional | Wander Roberto / CBB
A pivô Alessandra, de 37 anos, é a jogadora mais velha da seleção brasileira na República Tcheca. Vinte anos mais nova, Damiris é o símbolo da renovação que começa a ser implantada na equipe nacional| Foto: Wander Roberto / CBB

Brno, República Tcheca - Sob o comando do novato técnico espanhol Carlos Colinas, a seleção brasileira feminina de basquete estreia hoje no Mun­­dial, em jogo contra a Coreia do Sul, a partir das 10h15 (horário de Brasília). Com uma equipe reunindo três gerações diferentes – desde a veterana Ales­­san­dra, de 37 anos, passando por atletas como Érika, de 28, até chegar a Damiris, com 17 –, o Brasil busca melhorar sua posição em relação ao torneio dis­­pu­­tado há quatro anos em São Pau­­lo, quando ficou com o quar­­­­to lu­­gar.

Em 15 edições do Mundial, a seleção brasileira garantiu o tí­­tulo inédito em 1994, na Aus­­trália, ainda com Paula e Hor­­tência. Antes, o único pódio fo­­ra em 1971, com o bronze conquistado em São Paulo.

Colinas foi o nome escolhido para selar o consenso na seleção, articulado pela diretora do departamento feminino da Con­­federação Brasileira de Bas­­quete (CBB), Hortência Mar­­cari. O treinador espanhol, que pela primeira vez comanda uma se­­leção adulta, conta com o retorno de Iziane. A ala estava afastada desde 2008 da equipe na­­cional, quando brigou com o ex-técnico Paulo Bassul.

A pivô Alessandra e a armadora Helen Luz retornaram desde o ano passado, a pedido de Hor­­tência. A primeira havia de­­cidido se afastar da seleção após litígio com a CBB – ela processou a entidade por causa do se­­guro do Mun­­dial de 2006, quando se machucou no torneio e pre­­cisou arcar com todo o custo do tratamento.

De maneira ainda tímida, Co­­linas deu início à renovação da equipe. Convocou e manteve a jovem Damiris, de 17 anos, no grupo que enfrentará Coreia do Sul, Mali e Espanha na primeira fase do Mundial. Também deu continuidade ao trabalho de Bassul ao chamar a pivô Fran­­ciele, de 22. Durante a preparação, contou com a armadora Tássia, de 18, que foi cortada.

Ao contrário do argentino Ru­­bén Magnano, técnico da se­­leção masculina e dono de um currículo incontestável, Carlos Colinas, um espanhol de 43 anos, não conta com um ouro olímpico em sua lista de feitos. Até então, sua experiência profissional se concentrou nas categorias de base da Espanha.

O contrato dele termina junto com a participação brasileira no Mundial. Não sabe se será renovado até a Olimpíada de 2012, enquanto Hortência não esconde o desejo de ter a ex-jo­­gadora Ja­­neth como a treinadora da seleção em 2016. Coli­­nas, enquanto isso, faz planos no principal torneio que terá para mostrar seu trabalho. "O primeiro objetivo é estar nas quartas de final", explicou. "De­­pois, dependendo do cruzamento que vamos ter, podemos pensar em metas maiores."

O técnico reuniu a seleção em junho. Venceu o Sul-Ameri­­cano e, na preparação, conquis­­tou quatro vitórias em sete jo­­gos. Sabe que terá dificuldades com duas atletas essenciais, Iziane e Érika, que só fi­­zeram três treinos com o grupo – elas disputavam a final da WNBA nos EUA e se apresentaram no último fim de semana.

"Estou ansiosa, parece que sou novata como a Damiris", diz a pivô Érika, fora da seleção desde 2006 por causa de lesão. "Mas a expectativa é a melhor possível. O que eu quero é chegar em casa com uma medalha no peito."

Ao vivo

Coreia do Sul x Brasil, às 10h15, no SporTV e ESPN

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