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Munique – A partida contra a Austrália pode garantir o Brasil nas oitavas-de-final, resgatar a euforia na seleção, acabar com as polêmicas em torno de Ronaldo, comprovar a grande fase de Kaká e ainda desabrochar o futebol de Ronaldinho Gaúcho.

Quando a equipe do técnico Carlos Alberto Parreira entrar em campo às 13 horas (de Brasília) na Allianz Arena, em Munique, tentará tudo isso em 90 minutos. Uma missão considerada difícil – porém sem o peso e a ansiedade que teriam marcado a estréia com a Croácia.

"Temos de impor nosso estilo de jogo. Atuar dentro das nossas características. Fazer a bola girar, movimentar bem os nossos jogadores para iludir a marcação deles. Fazer a bola girar será a nossa grande arma neste confronto", antecipa o treinador.

O Fenômeno novamente estará no centro das atenções. Depois de uma estranha internação (até com exame de endoscopia), o atacante chega com a credibilidade abalada. Visivelmente tenso com a situação, ele recebeu mais uma vez o apoio dos companheiros para tentar a ‘volta por cima’. Mas as chances estão esgotando.

"Ninguém é insubstituível", alerta Parreira. "Temos consciência de que vale o momento. Quem está melhor quase sempre estará em campo", reforça Ronaldinho Gaúcho. Já Robinho, a sombra do centroavante, espera desbancar o amigo – a quem chama carinhosamente de Presidente. "No futebol, infelizmente, é assim", dispara o reserva.

Mas se brilhar a estrela do centroavante, como em 2002, acaba a novela. Basta um gol para o atleta chegar a 13 tentos em Copas e superar Pelé como maior artilheiro do país na competição. O suficiente para amenizar a pressão.

Ronaldinho Gaúcho também disputa a segunda rodada em situação incômoda. Sinônimo de lances bonitos e vistosos, o badalado camisa 10 decepcionou na largada do torneio. "Não ligo para isso. Minha idéia é fazer o simples e ajudar meu time a vencer", desconversa o meia do Barcelona, que avaliou como "regular" sua primeira apresentação.

Para o duelo com os australianos, o melhor do mundo terá uma nova função tática. Na tentativa de facilitar o trabalho do setor ofensivo, foi recuado na armação – deixando de ser quase um ponta-esquerda, como atua no Barça. "Assim abro espaços, pois carrego dois marcadores", confia.

O duelo também valoriza o vértice menos festejado do Quadrado Mágico. Depois de se destacar na preparação e marcar o gol que garantiu a vitória sobre os croatas, Kaká espera sedimentar o status de melhor do time.

"Será um compromisso difícil. A Austrália tem o Hiddink como treinador, que é experiente e que fez uma excelente Copa com a Coréia do Sul em 2002 e fez um bom trabalho no Ajax", analisou o apoiador – que após brilhar na primeira rodada colheu um fruto da fama: ser eleito por uma revista gay da Holanda como um dos mais bonitos da competição.

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