
A seleção brasileira feminina de vôlei estreia hoje às 9h15 contra Taiwan, em São Carlos (SP) no Grand Prix, mas a cabeça do time de José Roberto Guimarães anda em outro lugar. Mais precisamente no Campeonato Mundial da modalidade, de 29 de outubro a 14 de novembro, no Japão.
O grupo fala abertamente que o GP será usado como uma espécie de aquecimento. Se o título não vier, sem traumas. O importante é ajustar as peças e dar ritmo de competição às atletas. "Vamos fazer o nosso melhor, mas o foco é mesmo o Mundial", ressalta a líbero Fabi.
Crédito concedido pela recente medalha de ouro olímpica (Pequim-08), conquista que mudou o status da equipe, e pela série de oito troféus no torneio a Rússia, vice-líder do ranking, ficou em primeiro lugar apenas três vezes. "Usaremos o Grand Prix como jogos preparatórios para chegar ao Japão nas melhores condições possíveis para trazer esse título para o Brasil", explica o treinador.
A obsessão faz sentido. Ao contrário do time masculino, bicampeão, as mulheres colecionam fracassos na Copa do Mundo. Há quatro anos, também no Japão, a equipe perdeu a decisão para as russas no último ponto do quinto set, reascendendo as cobranças que marcaram a derrota na final da Olimpíada de Atenas (2004) outra vez para a Rússia. Revés que se juntou à derrota de 1994 da geração de Ana Moser e cia., dentro de casa, no Ginásio do Ibirapuera, para Cuba (3 a 0).
"Sempre dizemos aqui que mais difícil do que chegar é se manter. O time mudou em relação a Pequim. Saiu a Fofão, que era extremamente experiente e entrou a Dani Lins [levantadora]. Precisamos ajudá-la, pois também carrega a responsabilidade de fazer parte de uma equipe campeã olímpica", afirma a paranaense Mari. "Hoje somos o time a ser batido, todos querem ganhar do Brasil... É matar um leão por dia, não tem outro jeito", emenda.
O teste é de fôlego. Logo na primeira das três semanas da fase classificatória o Brasil encara as velozes japonesas (amanhã) e a poderosa Itália (domingo), além da inexpressiva Taiwan, adversária de hoje as cinco melhores se juntam à China na decisão, garantida por ser país sede. Cenário ideal para Zé Roberto fazer o sexteto engrenar novamente. "É a oportunidade de enfrentar as grandes seleções. A Itália, por exemplo, é considerada favorita ao título mundial", diz Fabi, relembrando a última barreira que ainda falta ser quebrada pelo time feminino. A obsessão da vez.
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Brasil x China Taiwan, às 9h15, na RPC TV
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