Brasil vence, vai à semifinal, mas não convence

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Para quem olhava o placar no ginásio Aecim Tocantins, em Cuiabá, parecia uma atuação de gala da seleção feminina: 121 a 62 sobre a República Dominicana. Os olhos que se voltaram para a quadra, no entanto, viram que a equipe brasileira não conseguiu jogar um basquete convincente, mesmo diante de um adversário jovem e frágil, a ponto de mandar à quadra uma menina de 15 anos. Ao menos, o resultado garante a passagem às semifinais da competição.

Ainda pela primeira fase, o Brasil volta à quadra na sexta-feira, às 20h30 (de Brasília), contra o Canadá. Também pelo grupo A, as canadenses bateram Porto Rico por 70 a 57. Pelo B, a Argentina penou para derrotar o Chile por 62 a 57.

Para o segundo jogo da campanha, Bassul mexeu de novo no time titular. Desta vez, lançou a ala Fernanda Beling no lugar de Micaela, que sofreu uma lesão na coxa na estreia. Fernanda iniciou a partida ao lado de Adrianinha, Helen, Mamá e Kelly. E foi Adrianinha que deu o cartão de visita, com uma bola de três no primeiro lance. Mas as dominicanas responderam com a pontaria calibrada, aproveitando a defesa frágil da equipe verde-amarela. A vantagem do Brasil foi a 10, caiu para dois e só no último minuto pulou para os 36 a 22 que fecharam a parcial.

No segundo quarto, a vantagem aumentou, mas o jogo brasileiro não chegou a convencer. De bom, apenas a pivô Franciele, que brilhou na primeira metade com 14 pontos, quatro rebotes, dois tocos e aproveitamento de 7/8 nos arremessos. Na saída para o vestiário, a vantagem era de 66 a 41. A defesa, no entanto, continuava devendo: na estreia, por exemplo, as dominicanas tinham feito apenas 37 pontos em toda a partida contra o Canadá.

Na volta do intervalo, nada mudou. A seleção continuava sem brilhar, mas ainda assim ampliava a vantagem. Liderado por Helen, o ataque funcionava bem. A defesa, no entanto se mantinha preguiçosa e dando muita liberdade às rivais. Na virada para o último quarto, o placar era de 96 a 57.

Dali em diante, a defesa até melhorou. O Brasil apertou o jogo, ampliou ainda mais a vantagem e finalmente conseguiu jogar algo parecido com o bom basquete que a torcida espera.