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Sonho meu... Love se vê como herói do título

Maracaibo – "Bola com o Júlio Baptista, tocou para Vágner Love e é gol.’’ A narração do lance coube ao próprio atacante brasileiro, estimulado por uma rádio a idealizar o que seria o gol do título contra a Argentina hoje.

Além da "construção’’ da jogada decisiva, ele deu um placar também: "1 a 0 Brasil, gol de Vágner Love.’’

O atacante fez apenas um gol na Copa América, o último do Brasil no 6 a 1 sobre o Chile. Perdeu vários gols no torneio, mas tem sido elogiado pelos companheiros por ser útil.

Antes mesmo de Fred ser cortado por uma fratura no pé, o atacante do CSKA Moscou vinha sendo titular de Dunga na Venezuela. Seu reserva, Afonso, teve algumas oportunidades, mas também não soube aproveitá-las com gols – ainda desperdiçou um pênalti na semifinal contra o Uruguai.

Love terá a missão de vazar pela primeira vez a Argentina no mata-mata. O último gol sofrido pela rival foi na segunda partida da primeira fase, quando venceu a Colômbia por 4 a 2 – são quase 300 minutos.

Maracaibo – Pela primeira vez, o futebol brasileiro chega a uma decisão de título como provável coadjuvante do espetáculo. Hoje, na luta pelo troféu da Copa América, a arte está do outro lado, aos pés de Messi e Riquelme e de um jogo alegre e ofensivo praticado pela Argentina. Ao time de Dunga resta a esperança de que Robinho tenha mais uma jornada iluminada e possa equilibrar as forças. A partida começa às 18h05 (horário de Brasília) e será disputada no Estádio José Pachencho Romero, em Maracaibo.

A Argentina, assim como o Uruguai, já conquistou 14 vezes a Copa América. O Brasil está bem atrás – foi campeão do torneio apenas sete vezes. Na última edição, em 2004, no Peru, a seleção brasileira surpreendeu e, com um time misto, ganhou da Argentina numa final emocionante, com um gol de Adriano nos acréscimos e a confirmação da vitória em cobranças de pênaltis.

O técnico Dunga não escondeu a tensão durante a semana. Ele teve um revés, com a suspensão do volante Gilberto Silva, o capitão da equipe, e decidiu dar uma nova oportunidade a Elano, o ex-santista que brilhou no último jogo entre Brasil e Argentina, um amistoso em setembro do ano passado, em Londres, no qual a seleção venceu por 3 a 0, com dois gols do meia.

Para Dunga, adepto de um esquema que privilegia a marcação, a Argentina é a favorita da decisão, pela campanha na Copa América. Em cinco jogos, o adversário venceu todos e marcou 16 gols, com média superior a três por partida. O técnico brasileiro evitou comparações entre Messi e Maradona, frustrando um jornalista argentino, e disse que Pelé e o ex-craque da seleção rival são mitos e inimitáveis.

Nos quase 35 dias de convívio com o grupo, desde a apresentação em Teresópolis, região serrana do Rio, Dunga deixou clara sua opinião sobre jogar bonito e não vencer ou jogar feio e conquistar títulos. Para ele, a Copa do Mundo de 1994, na qual era o capitão do time do Brasil, é a maior referência. Como contraponto, cita a seleção de futebol exuberante de 1982, atingida como que por um raio numa partida eliminatória contra a Itália, num dia em que o atacante Paolo Rossi marcou três vezes.

O temor de enfrentar uma equipe de futebol vistoso e objetivo não atinge Robinho, forte candidato ao título de artilheiro da Copa, com seis gols. Ele terá a companhia de jogadores de menor prestígio internacional, embora bem credenciados em seus clubes – a maioria atua na Europa. "É um clássico e por isso tudo pode acontecer. Estou bem confiante e sei que os brasileiros só esperam um resultado, o do título a nosso favor", declarou Robinho, ídolo na Venezuela entre crianças e adolescentes.

Na TV: Brasil x Argentina, às 18h05, na RPC TV, Band, ESPN Brasil e Sportv.

Em Maracaibo

Brasil x Argentina

Brasil

Doni; Maicon, Alex, Juan e Gilberto; Josué, Mineiro, Elano e Júlio Baptista; Robinho e Vagner Love. Técnico: Dunga.

Argentina

Abbondanzieri; Zanetti, Ayala, Gabriel Milito e Heinze; Mascherano, Verón, Cambiasso e Riquelme; Messi e Tevez. Técnico: Alfio Basile.

Estádio: José Pachencho Romero.Horário: 18h05 (de Brasília).Árbitro: Carlos Amarilla (Paraguai).

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