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Autor do primeiro gol no novo Maracanã, Fred não parou para atender os torcedores que foram recepcionar o time em Goiânia | Wildes Barbosa/ O Popular/ Folhapress
Autor do primeiro gol no novo Maracanã, Fred não parou para atender os torcedores que foram recepcionar o time em Goiânia| Foto: Wildes Barbosa/ O Popular/ Folhapress

A chegada do Brasil à Goiânia não teve somente o habitual clima de festa percebido onde quer que o escrete canarinho dê as caras. Pelo contrário. Há certo constrangimento no ar da cidade-base da preparação da equipe para a Copa das Confederações.

Se dependesse do treinador Luiz Felipe Scolari e do coordenador-técnico Carlos Alberto Parreira, a seleção não teria desembarcado no Centro-Oeste. "Já existia essa determinação. Acabamos diminuindo [o período na cidade] para quatro dias, seriam cinco. Vai ser um pouco minimizado", declarou Parreira.

A insatisfação é porque Goiânia está fora do circuito do evento preparatório para o Mundial. O primeiro amistoso do time foi no Rio. O segundo, contra a França, domingo, será em Porto Alegre. E a estreia na competição, diante do Japão, em Brasília (15/6).Apesar disso, a dupla foi obrigada a aceitar. A estada no cerrado – utilizando as instalações do Goiás – faz parte de um acerto costurado ainda sob a gestão de Ricardo Teixeira na CBF e serviu para agradar a um apoiador da entidade e aliado político, o go­­vernador do estado Marconi Perillo (PSDB).

Ao mesmo tempo, foi uma saída encontrada pelo agora ex-presidente Teixeira para minimizar a exclusão de Goiânia do roteiro milionário da Copa 2014. Acordo que acabou sendo fechado por seu sucessor na instituição, José Maria Marín.

"A escolha de Goiânia foi uma opção, uma justa homenagem ao belo trabalho que vem sendo feito pela Federação e o governo", declarou o atual mandatário, em setembro do ano passado.

Marín também compartilha da simpatia por Perillo. Pela terceira vez governador do estado, o tucano é uma das poucas figuras que o apoiam publicamente, diante da pressão que o dirigente vem sofrendo pela conexão com a ditadura no passado.

De quebra, já faz tempo que jogar no Serra Dourada é um bom negócio, tanto para a CBF quanto para o poder o público. Em 2012, o governo de Goiás gastou R$ 2 milhões em 22 mil ingressos para o amistoso entre Brasil e Argentina, válido pelo Superclássico das Américas. As entradas foram disponibilizadas para troca por notas fiscais.

O embaraço também alcançou o Goiás. Primeiramente, a seleção treinaria apenas no Estádio da Serrinha, do Goiás, que por causa disso investiu R$ 5 milhões na reforma. No entanto, Scolari mudou de ideia e vai usar também o CT do clube esmeraldino. Apenas um trabalho ficou marcado para escolha inicial.

Todo esse cenário conturbado contaminou o público local. Nos jornais da cidade, críticas ao que foi taxado como "prêmio de consolação" para Goiânia.

"A escolha de Cuiabá como sede da Copa do Mundo já foi uma questão política. Na época o nosso governador não era o Perillo. Agora ficam dando os amistosos para Goiânia. E se eles não estão satisfeitos em vir aqui, eu também não estou", declara o estudante Múcio Guimarães, 20 anos, que compareceu à chegada do Brasil ao hotel em Goiânia portando um cartaz "Fora Marín".

Itália convocada

O técnico Cesare Prandelli anunciou ontem os 23 convocados da seleção italiana para a disputa da Copa das Confederações, entre 15 e 30 de junho, no Brasil. Ele fez seis cortes de uma lista prévia de 29 nomes. Vale lembrar que o atacante Pablo Osvaldo, da Roma, que seria o 30º integrante do grupo, já havia sido descartado por questões disciplinares. Prandelli decidiu pelo corte do goleiro Agazzi, dos defensores Ogbonna e Ranocchia, dos meias Bonaventura e Poli e do atacante Marco Sau.

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